Top 9 Melhores Jogos de GameCube

Jogos de GameCube

A caixinha roxa da Nintendo teve uma participação mais tímida que de costume em sua geração, fazendo bem menos barulho que o PlayStation 2, grande vencedor daquela era. Ainda assim, o GameCube teve dezenas de jogos excelentes que valorizam o legado do console mesmo já duas décadas mais tarde.

Nossos critérios nesta lista são, primeiramente, a qualidade do jogo mesmo se observada nos dias de hoje, e depois o impacto do mesmo na indústria e suas sequências.

Jogos de GameCube

O GameCube foi uma aposta elegante da Nintendo, que preteriu DVDs com capacidade maior de armazenamento em favor dos simpáticos mini-discos, e convenceu propriedades gigantes como Resident Evil a trazer seus maiores lançamentos exclusivamente para o Cubo.

Sem contar que a Nintendo demonstrou, na era GameCube, total confiança no talento dos designers em produções de alto risco como Metroid Prime e Luigi’s Mansion.

Vamos ranquear!

9. Luigi’s Mansion

Luigi's Mansion GameCube

O estreante deste Top 9 foi também o estreante do GameCube!

Principal atração no dia de lançamento do console, Luigi’s Mansion é uma aventura diferente do que estamos acostumados a ver na franquia Mario. Pra começo de papo, Mario nem é o protagonista da vez.

Luigi, armado com um aspirador de pó (?), parte em busca do irmão raptado em uma mansão mal assombrada. O gameplay é claramente inspirado no filme Ghostbusters: Poltergust 3000, o aspirador de pó, tem o poder de sugar os (cerca de cem) fantasmas espalhados pela casa.

A mecânica é bem divertida, e como mencionamos em Top 9 Clones de Resident Evil, Luigi’s Mansion empresta algumas ideias da série de zumbis da Capcom como a atmosfera opressiva e a busca por chaves no labirinto da mansão; tudo com o humor característico da Nintendo e, em particular, de Luigi, que morre de medo de absolutamente qualquer coisa.

Luigi’s Mansion pode não ser o jogo tradicional de plataforma que muitos esperavam, mas conquistou o coração dos fãs com seu charme e gameplay balanceado.

8. The Legend of Zelda: The Wind Waker

The Legend of Zelda: The Wind Waker GameCube

A sensação de liberdade ao navegar pelo vasto oceano em Wind Waker é apenas um exemplo entre as inúmeras e empolgantes novidades que esta bela sequência da série Zelda trouxe ao público.

Situado em um reino coberto por água, Wind Waker inova ao transformar um ato mundano – o simples deslocamento entre dois pontos – em parte central da experiência, convidando o jogador a imaginar constantemente o que o aguarda na próxima ilha, ainda pequenina no horizonte.

Enquanto isso, piratas, redemoinhos, criaturas fantásticas e até o vento tentam atrapalhar a inesquecível jornada de Link.

Pecando somente na chatice de juntar os pedaços da Triforce no último ato, Wind Waker nos transporta a um mundo rico e fascinante, com direção de arte única, turbinada com a técnica cel shading, além de locais cheios de imaginação e a qualidade mecânica que sempre fez de Zelda uma referência na história dos games.

7. Metroid Prime 2: Echoes

Metroid Prime 2: Echoes GameCube

A continuação da obra-prima Metroid Prime é mais sombria, mais difícil e complexa, mas nem por isso menos admirável.

Samus é chamada para uma missão inusitada: restaurar um planeta que se dividiu em duas dimensões. Aether, antes habitado por pacíficas e sábias criaturas, foi tomado pelos temidos Ing através de uma realidade paralela que ameaça invadir o lado ‘de luz’ do planeta.

A grande influência criativa em Echoes veio da série Zelda; mais precisamente, A Link to the Past. A possibilidade de pular de uma realidade para outra já havia feito sucesso no Super Nintendo, e embora aqui tropece no ritmo um pouco – muitas viagens pelo lado escuro de Aether são cansativas e sem uma recompensa que as justifique –, o conceito ajuda a conferir maior identidade à sequência de Prime 1.

6. Super Mario Sunshine

Super Mario Sunshine GameCube

Procurando um jogo que vai bem no verão? Sunshine é uma escolha perfeita.

Com lindas paisagens ensolaradas, trilha sonora aconchegante – inclusive com um toque de bossa nova – e efeitos de água e mar ainda tecnicamente impressionantes, Super Mario Sunshine continua se destacando como uma das aventuras mais tematicamente originais da série, algo que New Super Mario Bros., por exemplo, não conseguiu em quatro jogos (e meio).

Uma pena que Sunshine não ofereça a liberdade que tínhamos em seu antecessor, acorrentando Mario às mesmas 49 Shines toda vez ao invés de permitir montar a rota que quisermos.

Foi essencialmente o que deixou a viagem tropical do Bigode de fora do nosso Top Jogos de Mario.

5. Viewtiful Joe

Viewtiful Joe GameCube

Um dos membros do famoso (e finado) Capcom Five no GameCube, Viewtiful Joe foi desenvolvido pelo Clover Studio e liderado pelo pai do Stylish Action, Hideki Kamiya.

Viewtiful Joe conta uma divertida história repleta de referências cinematográficas, misturando beat-‘em-up e um sistema moderno de combate que permite que o jogador desacelere ou acelere a ação com apenas um botão.

Nós falamos sobre Viewtiful Joe também nos jogos de super-heróis retrô e nos jogos Stylish Action. Confira!

4. Super Smash Bros. Melee

Super Smash Bros. Melee GameCube

Como deixar de fora da lista um dos jogos de luta mais queridos do novo milênio?

Melee chegou em 2001 sem antecipar o tamanho do ‘problema’ que tinha acabado de criar. A popularidade do jogo, cujo objetivo original era meramente homenagear franquias da Nintendo em um ambiente de luta casual, foi um negócio avassalador.

Desde então, qualquer coisa relacionada a Smash virou obsessão para os fãs da Nintendo, em um raro caso de uma IP que ultrapassou muitas de suas referências em vendas e influência.

Além disso, nasceu também uma comunidade hardcore que promove torneios importantes até hoje.

Quase nem tocamos no jogo em si, né? Melee aprimorou praticamente todos os aspectos do primeiro Smash no Nintendo 64, do elenco robusto ao ritmo de luta, agora mais veloz e refinado, ainda com a apresentação visual e de som que se tornou icônica na série. “Game!”

3. Resident Evil 4

Resident Evil 4 GameCube

O magnum opus de Shinji Mikami ficou só alguns meses exclusivamente no GameCube, mas foi o bastante para concretizar Resi 4 já como um dos clássicos de sua geração.

Apesar de não ter vendido tantas cópias quanto a Capcom gostaria na versão original para GameCube, Resident Evil 4 elevou o patamar de qualidade para toda a indústria logo de cara, inspirando a criação de franquias como Dead Space e mudando o foco do gênero terror, que passou a dar maior ênfase à mecânica de combate.

2. Resident Evil (2002)

Resident Evil (2002) GameCube

O remake (ou REmake) de Resident Evil conseguiu a proeza de aperfeiçoar as já impactantes forças do original, sem deixar de acrescentar novos conceitos à fórmula survival horror da Capcom.

A mansão e as criaturas são mais assustadoras, a história se leva um pouquinho mais a sério que o Sanduíche de Jill anos atrás, e o gameplay pode ser considerado o ápice do gênero, ao menos na era antiga do terror de sobrevivência.

E ainda sendo um jogo de GameCube, que exigia um esforço extra contra a fama de sistema de família que marcou a Nintendo por décadas, REmake surpreendeu fãs e crítica duplamente.

É, como mencionamos algumas vezes em outras listas como Top jogos de Resident Evil, o template ideal do survival horror.

1. Metroid Prime

Metroid Prime GameCube

Metroid Prime tinha tudo pra dar errado: era uma transição de perspectiva de terceira pessoa para primeira pessoa que, francamente, ninguém havia pedido, desenvolvida por um estúdio ainda longe de ser consolidado na indústria.

Mas com muita competência e a dose certa de ambição – o controle da Morph Ball e o mini-mapa foram especialmente inovadores –, Metroid Prime se tornou uma espécie de lar alternativo para Samus Aran e sua interminável caça aos Space Pirates, dando origem a algumas sequências diretas (três, se a Nintendo resolver lançar Prime 4 um dia!) e spin-offs.

Descrito pela própria Big N como ‘aventura em primeira pessoa’, Metroid Prime realmente não anda de mãos dadas com experiências viscerais de tiro como Doom e Quake, passando mais a impressão de ser o mesmo Metroid de sempre, só que a partir do visor da protagonista.

E por falar em visor, os elementos do HUD trabalham alinhadíssimos aos upgrades de Samus e ao ambiente em volta para mergulhar o jogador da melhor forma possível no universo extraordinário de Metroid.

Das gotas de chuva quando olhamos para cima aos corpos imersos no visor termal, Metroid Prime certifica-se o tempo todo de que estamos não só enxergando o que Samus enxerga, como também vivendo o que a heroína vive.

Faltou algum jogo do Cubo na lista? Concorda, discorda do nosso ranking? Mande sua opinião pra gente nos comentários!

Se quiser mais Nintendo no Gameverso, veja o nosso artigo nostálgico sobre o mini clássico Super Mario Land 2, e a comparação de gigantes entre Super Mario Bros. 3 e Super Mario World. Quem leva a melhor?

Até mais!

Top 9 Jogos de Shinji Mikami

Jogos de Shinji Mikami

Pegando carona em nosso recente Especial Resident Evil, vamos analisar a carreira de Shinji Mikami, o visionário por trás da popular franquia de terror da Capcom.

As produções de Mikami, apesar de quase sempre focarem no terror de sobrevivência, conseguiram revolucionar a indústria em diversas oportunidades, influenciando concorrentes e até outros gêneros.

De mundos assustadores a ‘Um Mundo Ideal’ (hã?), a biografia profissional de Shinji Mikami cobre uma imensa variedade de estilos de design que se tornaram clássicos instantâneos e continuam oferecendo ótimas experiências, mesmo algumas gerações depois.

Games de Shinji Mikami

Assim como Hideo Kojima, Mikami parece ser o tipo de diretor que sempre busca a inovação, fugindo de projetos que poderiam até ser mais confortáveis financeira e criativamente, mas que não teriam o impacto que o autor gostaria de ver entre seus contemporâneos.

Vamos lá?

9. Killer 7

Killer 7

O jogo que abre a lista é o único que não foi dirigido por Shinji Mikami, mas sim por Suda 51, que consideramos um dos diretores mais marcantes dos games.

De qualquer forma, Killer 7 vale a menção na lista por ter, ao menos, uma participação importante da inspiradíssima mente do criador de Resident Evil.

Co-escrita por Shinji Mikami, a história de Killer 7 é sobre um grupo de assassinos que, na verdade, são múltiplas personalidades de um só homem. A arte é toda estilizada em cel shading – como visto em The Legend of Zelda: The Wind Waker –, e o gameplay junta elementos de rail shooter (tipo Star Fox, mas com a habilidade de andar no trilho manualmente) e tiro em primeira pessoa.

Killer 7 fez parte de um pacote de lançamentos ditos exclusivos para GameCube, o Capcom Five, que ainda tinha P.N. 03, Resident Evil 4 – ambos dirigidos por Shinji Mikami –, Viewtiful Joe e o cancelado Dead Phoenix.

O projeto ficou conhecido por uma frase um pouco infeliz do próprio Mikami, que “cortaria sua cabeça” se esses jogos fossem lançados para outras plataformas.

Deve ter doído.

8. Aladdin (SNES)

Aladdin (SNES)

Espera aí. O que esse jogo bonitinho da Disney tá fazendo no meio de um monte de sangue, tripas e criaturas perturbadoras? Acredite se quiser, a versão Super Nintendo de Aladdin foi comandada por Shinji Mikami.

Aladdin é um jogo de plataforma tradicional, onde o personagem-título pula em cima dos inimigos, se pendura em prédios, flutua com o auxílio de um tecido, entre outras acrobacias.

O gameplay é simples, como esperado em uma produção Disney, e a dificuldade é baixa demais, mas mesmo assim, vale a pena reviver um dos clássicos animados da década de 90 no Super NES.

Mikami também foi planner em Goof Troop, uma espécie de clone em menor escala de Zelda estrelado pelo Pateta e seu filho Max, repleto de puzzles e dungeons e com opção para dois jogadores simultâneos.

7. The Evil Within

The Evil Within

O último projeto dirigido por Shinji Mikami foi este The Evil Within, que havia prometido uma revolução no gênero survival horror que… bem, não veio exatamente, mas o jogo ainda assim foi uma bela saideira para a brilhante carreira do diretor.

The Evil Within mistura ação e terror psicológico, uma combinação que dividiu bastante as opiniões na época, mas que independentemente das expectativas do público, foi executada com qualidade.

Os cenários de ação são variados, de florestas a uma cidade tomada por zumbis militares, e como não poderia faltar, o jogo inclui referências interessantes a Resident Evil, como um capítulo que se passa inteiramente em uma mansão.

Se quiser saber mais sobre o pesadelo de Sebastian Castellanos, leia o nosso Top 9 Clones de Resident Evil.

6. Dino Crisis

Dino Crisis

Tá, a gente mencionou na introdução do artigo que Shinji Mikami sempre foge de sequências e cópias fáceis, e aí aparece Dino Crisis, um clone de Resident Evil que não tem a mínima vergonha de fazer um Ctrl+C, Ctrl+V.

Será que Dino foi uma lição para o criador, que desde então passou a priorizar projetos genuinamente únicos e desafiadores?

Só podemos dizer que Dino Crisis é um jogo imperdível, e apesar da descrição Resident Evil com dinossauros já falar quase tudo, a experiência aqui é suficientemente distinta para estabelecer a aventura de Regina no rol dos melhores survival horror de todos os tempos.

5. God Hand

God Hand

Em 2006, após o sucesso arrasador de Resident Evil 4, Mikami decidiu dar um tempo nas espingardas e lança-foguetes e criou God Hand, um Stylish Action que serve como homenagem aos beat-‘em-ups de antigamente e, ao mesmo tempo, traz boas novidades a ambos os gêneros.

A principal atração em God Hand é a alta customização do sistema de combate, permitindo que o jogador monte o seu próprio estilo de luta com centenas de golpes que podem ser encaixados na sequência básica de combo ou em comandos isolados.

Socos, tapas, voadoras e até barrigadas fazem parte da extensa lista de golpes à disposição de Gene, o herói da vez.

God Hand também reaproveita o engine de Resident Evil 4, com o mesmo controle-tanque e os famosos golpes de contexto.

4. Resident Evil: Director’s Cut

Resident Evil: Director’s Cut

Como analisamos em nosso olhar nostálgico a Resident Evil: Director’s Cut, o jogo é eficiente, mesmo hoje em dia, ao nos transportar para um ambiente hostil e oferecer recompensas pela administração inteligente de recursos.

O desafio no primeiro Resident Evil é tão cuidadosamente orquestrado que, mesmo 25 anos depois, poucos concorrentes conseguiram chegar ao mesmo nível de equilíbrio.

Ainda que sofra com a hilária dublagem – que tem o seu charme –, o pai do survival horror continua sendo um dos pilares da categoria, com cenário e história memoráveis, design gratificante e, por que não, uma pitadinha de humor não-intencional.

3. Vanquish

Vanquish

Se alguém aí quiser saber como seria uma evolução de Resident Evil 4 focada aproximadamente 1.000% na ação, é só olhar para Vanquish.

Vanquish, no entanto, não tem nada a ver com terror; é um jogo de tiro em terceira pessoa em altíssima velocidade situado em um futuro distante, com mecânica viciante, bom desafio e bordões de fazer inveja a qualquer herói de filme dos anos 80.

Sam, o protagonista, desliza macia e rapidamente pelo chão para se aproximar dos seus alvos, podendo desviar dos ataques inimigos ou encontrar barreiras para se proteger com a mesma fluidez, e o feedback das armas é sensacional.

O controle em Vanquish é talvez o mais responsivo em um jogo de ação 3D, e olha que a competição é dura. Sabe quando a gente pega um jogo depois de um tempo e nem precisa olhar pro controle pra relembrar os comandos? Vanquish é desses.

Este jogo é recomendado pra quem gosta de Resident Evil, pra quem não gosta de Resident Evil, e… bom, acho que dá pra resumir assim: se você curte videogames, jogue Vanquish.

2. Resident Evil 4

Resident Evil 4

Resi 4 pode não ser tão assustador quanto seus irmãos mais velhos, mas é inegável que o passeio europeu de Leon foi um marco na história dos games, dando origem a um sub-gênero, ação de terror, que veio a influenciar clássicos recentes como Dead Space, The Last of Us e até Gears of War.

Resident Evil 4 abandonou o movimento rígido dos Resi clássicos por um estilo de gameplay mais dinâmico, que incentiva o jogador a dominar as nuances do combate para conseguir um melhor desempenho, quase como um jogo de Stylish Action.

Os suplexes nunca serão esquecidos.

1. Resident Evil (2002)

Resident Evil (2002)

Conhecida na comunidade como REmake, a reimaginação do primeiro Resident Evil trouxe tantos aprimoramentos – muitos deles completamente inesperados – que o jogo se transformou no template ideal para todo o gênero.

Qualquer novo survival horror que estiver pensando em fazer algum sucesso hoje deve olhar para REmake e seu desafio balanceado, mapa organizado, apresentação visual, de som e atmosfera impecáveis, e a condução da aventura que une, de maneira eficaz, o medo da próxima etapa à necessidade de estratégia.

Pena que Mikami se aposentou do cargo de direção, optando por funções mais administrativas e de supervisão em seu estúdio, o Tango Gameworks.

Segundo o próprio diretor, o pico da criatividade na indústria é aos 30 anos de idade. Desculpa aí, Mikami, mas como fãs, a gente se sente na obrigação de discordar. 🙁

E aí, qual seria o seu ranking dos jogos produzidos pelo criador de Resident Evil? Manda nos comentários!

Tem ainda bastante Mikami pra ler no Gameverso! Confira o Top 9 jogos de Resident Evil, que detalha alguns dos trabalhos mais icônicos de sua carreira, ou a disputa entre Resident Evil clássico vs. moderno, ambos idealizados por Mikami.

Isso sem contar, é claro, nosso Especial Resident Evil, que teve mais de 10 artigos dedicados à série de terror no mês anterior ao lançamento de Resident Evil Village.

Até mais!

Dark Souls: Punição Sedutora

O projeto do diretor Hidetaka Miyazaki era bastante ambicioso para a época: um RPG de ação situado em um mundo sombrio e hostil, onde o jogador é punido incessante e impedosamente pelos mínimos erros. A derrota é a regra, não a exceção, e o Dark Souls não faz nenhum esforço para ajudar o protagonista além dos tutoriais iniciais básicos.

E não é que a ideia pegou?

A comunidade abraçou o conceito da punição por design e, na mesma proporção, a recompensa por dominar cada aspecto da experiência. Dark Souls influenciou diversas produções desde a sua origem, incluindo novos clássicos como Shovel Knight, Hollow Knight e o reboot de God of War. Ao que tudo indica, essa punição sedutora veio para ficar.

Vamos relembrar?

Demon’s Souls (2009)

Demon's Souls (2009)

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que Demon’s Souls é uma propriedade intelectual separada e exclusiva, assim como Bloodborne e Sekiro. Mas decidimos inclui-los na lista por claramente serem ancestrais e sucessores espirituais de Dark Souls.

O cenário em Demon’s Souls é o reino de Boletaria, dividido em cinco sinistras regiões que podem ser exploradas em qualquer ordem. Dos belos muros do Castelo de Boletaria à Torre de Silent Hill – quer dizer, Latria –, os mapas em Demon’s Souls são habitados por criaturas vis e violentas, e oferecem poucas oportunidades para respirar. E a gente tem uma espadinha e um escudo, com sorte.

Por ser o primeiro jogo da franquia, que recebeu trocentos aprimoramentos ao longo dos anos, Demon’s Souls fica um pouco atrás dos seus primos recentes. O combate ainda não era tão refinado, e algumas características que viriam a ser marcas do design não haviam dado as caras por aqui.

Ainda assim, mesmo hoje em dia, Demon’s Souls é um pesadelo maravilhoso, juntando RPG e ação de forma empolgante e inteligente. E o progresso de jogo é justo, apesar do desafio brutal.

Em 2020, Demon’s Souls foi remasterizado para o novíssimo PlayStation 5, com poucas novidades de destaque, mas mantendo a qualidade do original.

Umbasa!

Dark Souls (2011)

Dark Souls (2011)

O primeiro Dark Souls continua sendo o jogo mais importante e emblemático da série, mesmo uma década depois do seu lançamento.

O mundo é maior, mais aberto e mais detalhado que o de Demon’s Souls, e destaca-se mesmo comparado a seus sucessores.

Com poucas exceções, se uma construção é visível na distância, você pode visitá-la. As regiões de Lordran são tematicamente variadas e vastas, e apesar de não possibilitar viagens rápidas (warps) no começo, os brilhantes atalhos e conexões evitam que a exploração fique maçante.

Dark Souls é uma raridade nos games, apresentando um novo universo ‘dark fantasy’ fascinante para ser descoberto, visual de tirar o fôlego e o desafio gratificante que consolidou a série na história.

Dark Souls 2 (2014)

Dark Souls 2 (2014)

Com a missão quase impossível de superar um dos maiores jogos de todos os tempos, Dark Souls 2 trouxe algumas mudanças controversas que, à sua maneira, fizeram desta sequência uma experiência única e envolvente.

Talvez os desenvolvedores na From Software tenham se perdido um pouco na fama do desafio hardcore. Dark Souls 2 alterou pequenos valores relacionados a vários aspectos do design – invencibilidade, stamina, cura –, tudo pra pegar os veteranos do jogo anterior de surpresa. O resultado veio como uma bola de neve.

Por um lado, as modificações são interessantes ao forçar o jogador a buscar alternativas e não repetir as mesmas estratégias que funcionavam antes. Por outro lado, o gameplay ficou meio ‘duro’ e refém de caminhos fixos, particularmente a nova estatística Adaptability, que sempre vai roubar pontos de outras classes na construção do personagem por um benefício que os outros jogos da série oferecem sem custo.

Dito isso, Dark Souls 2 é um jogo excepcional, com um gigantesco mundo aberto e cheio de surpresas, lutas inesquecíveis e boas inovações, como os Bonfire Ascetics, que resetam itens e chefes em toda a área em volta de uma fogueira.

Um ano depois, Dark Souls 2 recebeu uma versão definitiva intitulada Scholar of the First Sin, disponível integralmente para os sistemas da geração PS4/Xbox One e parcialmente para os anteriores. PS3 e Xbox 360 tiveram só alguns updates menores, enquanto as versões modernas foram agraciadas com 60 fps e uma redistribuição completa de itens e inimigos.

Bloodborne (2015)

Bloodborne (2015)

O trabalho de H. P. Lovecraft é a maior influência nesta obra-prima do PlayStation 4. Bloodborne acontece em uma fictícia era vitoriana tomada pela fantasia.

As ruas da cidade de Yharnam foram invadidas por criaturas que caçam e são caçadas por Hunters, grupo do qual o jogador faz parte.

A estrutura de jogo é idêntica à de Dark Souls, com as mesmas punições (morre, perde grana), distribuição parecida de estatísticas, e o mesmo sistema de progressão. É a mecânica que destaca Bloodborne elegantemente entre os Souls.

A interrupção com arma, ou ‘gun parry’, lidera as ótimas adições de Bloodborne ao meta Souls, que ainda incluem o rally (HP recuperado ao atacar inimigos logo depois de sofrer dano), as Trick Weapons (armas que se transformam) e partes vulneráveis nos chefes que os desabilitam por um tempo.

Ao contrário de Dark Souls 2, que acabou desacelerando o combate com suas mudanças, as alterações em Bloodborne incentivam um estilo de jogo ágil e agressivo, oferecendo uma recompensa maior a curto e longo prazo.

Dark Souls 3 (2016)

Dark Souls 3 (2016)

Em time que ganha não se mexe, certo? Esse aí com certeza foi o mote no desenvolvimento de Dark Souls 3, sequência que faz incontáveis homenagens aos jogos anteriores e conserta algumas das alterações questionáveis de Dark Souls 2 – como os frames de invencibilidade e o consumo de stamina, demasiadamente rígidos no antecessor.

O gameplay foi notavelmente aprimorado, possibilitando ao jogador um controle maior sobre a ação, mas compensando no comportamento dos inimigos, agora mais espertos e preparados para táticas manjadas como a repetição de backstabs.

As principais novidades em Dark Souls 3 são as Skills, técnicas de combate que usam a barra de magia para executar uma habilidade especial para cada arma. As Skills variam de benefícios temporários em alguma stat até golpes exclusivos.

Por fim, o terceiro Dark Souls é também o mais linear, sem grandes escolhas de rota, mas ainda com áreas imensas e complexas e segredos por todos os cantos.

Sekiro: Shadows Die Twice (2019)

Sekiro: Shadows Die Twice (2019)

Jogo que mais diverge da fórmula Souls, Sekiro empresta ideias do gênero Stylish Action e até lembra um pouco o seu contemporâneo Nioh, que por sua vez havia se inspirado em Dark Souls em sua concepção.

Sekiro aboliu praticamente todos os elementos RPG em favor de um conceito de gameplay mais reativo. O combate dá ênfase ao bloqueio de ataques inimigos com timing que leva a contra-ataques devastadores, uma técnica conhecida como parry, que já tinha aparecido nos Souls anteriores, mas que aqui é indispensável para a sobrevivência.

Agora é esperar por Elden Ring, o próximo jogo da From Software, dirigido por Miyazaki e com mitologia elaborada por ninguém menos que George R. R. Martin, autor dos livros que deram origem a Game of Thrones. Elden Ring tem lançamento marcado para janeiro de 2022, para PS4, Xbox One e os consoles da nova geração.

E aí, já jogou toda a série Souls? Tem um favorito? Eu fico dividido entre o Dark Souls original e Bloodborne, mas acho todos excelentes.

Se você quiser ler sobre outros jogos com desafio extremo, dê uma olhada em nossa retrospectiva sobre Devil May Cry. E veja a análise sobre Resident Evil Village, que chegou faz pouco tempo!

Até mais!

Resident Evil Village: Terror moderno e familiar

Resident Evil Village

Resident Evil Village chega em um momento interessante da série. A Capcom tem levado o feedback dos fãs em conta no desenvolvimento dos últimos jogos, e com Resident Evil 7 e sua sequência, Village, a desenvolvedora parece ter abraçado a ideia de contar histórias mais pessoais, estreladas por um elenco (quase) novato. Nosso Especial Resident Evil segue com a análise completa do oitavo capítulo da maior franquia survival horror de todos os tempos.

Neste artigo, você vai conferir nossas impressões sobre os seguintes aspectos de Resident Evil Village:

  1. História e relação de continuidade com Resident Evil 7
  2. Semelhanças com Resident Evil 4
  3. Estrutura
  4. Análise de rejogabilidade
  5. Apresentação visual e design de som

Resident Evil Village analisado por todos os ângulos e perspectivas

A meta nas análises do Gameverso é passar o máximo de tempo possível com o jogo, destravando – e desbravando – todos os modos disponíveis, ou o suficiente para aliar a experiência inicial ao potencial valor de rejogabilidade da obra.

No caso de Resident Evil Village, é notável o esforço dos designers para surpreender veteranos do jogo anterior e, ao mesmo tempo, adaptar a série a tendências modernas como mapa aberto e sistema de crafting.
Vamos lá!

Ah, e podem ficar tranquilos: não há spoilers da história em nossa análise. Todas as informações sobre personagens e trama foram divulgadas em sinopses e trailers oficiais.

1. Resident Evil 7, parte dois

Resident Evil Village 01 Cenário

Ethan e Mia, ô casal azarado. O cara testemunhou sua namorada sendo possuída por um vírus-menina-demônio, teve mão e pé decepados e ainda se viu ameaçado por uma família de lunáticos que em nada deve ao pessoal do Massacre da Serra Elétrica.

Com inteligência, força e uma pitada de sorte, Ethan e Mia conseguiram sobreviver a toda aquela desgraceira e se reencontraram com a tranquilidade para gerar uma mini-pessoa, Rose, ainda bebê nos eventos deste novo capítulo.

Não deve ser surpresa pra ninguém que aquela paz não durou muito tempo. Em uma noite qualquer, sem a mínima explicação, Mia foi assassinada a meio metro do companheiro, a sangue frio, por ninguém menos que o próprio Boxeador de Rochas, Chris Redfield.

Como se não bastasse, Chris levou Rose consigo e ainda tentou arrastar Ethan para algum outro lugar, até que o carro que levava o protagonista capotou e Ethan acordou, mais uma vez, obrigado a viver uma situação aterrorizante. À sua frente, só neve e escuridão.

Resident Evil Village se passa em um vilarejo isolado na Europa com costumes e tecnologia estranhamente datados. Das ruas à decoração nas casas, a vila do título não parece ter saído dos anos 40 até hoje. Ethan chega ao local, deserto em um primeiro instante, e logo é atacado pelo principal monstro do jogo, uma espécie de zumbi lobisomem, que provará ser um obstáculo árduo na busca pela pequenina Rose.

Resident Evil Village conclui a história de Ethan com reviravoltas surpreendentes que fazem o possível para amarrar pontas mal resolvidas da aventura anterior, ainda que a nova trama não disfarce totalmente os furos.

Em especial, a motivação de um dos personagens centrais não convence, e há ainda um segredo revelado no fim que nos faz questionar a lógica do vilão esse tempo todo. Ao menos os vilões secundários compensam a caricatura do(a) malvado(a) principal, com destaque para – sim! – a já amplamente memeficada Lady Dimitrescu. Dito isso, a narrativa é eficiente ao conduzir Ethan em sua desesperada jornada desde os minutos iniciais, e as descobertas ligadas a Resi 7 nos fazem querer visitar a casa dos Baker mais uma vez.

Resident Evil Village 02 Lady Dimitrescu

Resident Evil 7 é imprescindível para entender o enredo de Village, e a própria sequência oferece, na tela-título, um vídeo que resume os eventos mais importantes na saga de Ethan até aqui.

Mas não confie só no videozinho de retrospectiva para se situar: se você ainda não jogou Resi 7, faça-o antes de Village, pois a trama não é o único aspecto diretamente relacionado ao pesadelo vivido por Ethan na Louisiana; a base do design em Resident Evil Village é praticamente uma cópia em papel-carbono de seu antecessor.

A perspectiva em primeira pessoa, por exemplo, que dividiu opiniões em Resident Evil 7, está de volta. Dá pra dizer que quatro anos foi tempo suficiente para nos acostumarmos à mudança, embora a Capcom tenha lançado duas reimaginações com visão acima do ombro nesse intervalo: Resident Evil 2 Remake e Resident Evil 3 Remake.

E é bom mesmo que a gente esteja familiarizado com o estilo first person, porque a ação no oitavo jogo demanda mais que em Resident Evil 7. Os zumbisomens são rápidos e mais inteligentes que os monstros de mofo de Resi 7, uma decisão que deve ter sido impulsionada pela facilidade que tínhamos para lidar com os desengonçados Molded, pouco numerosos e incapazes até de abrir portas leves.

Lamentavelmente, Village acaba se aproximando demais do outro extremo da escala, exagerando na colisão dos grabs inimigos – que às vezes parecem se teletransportar pra cima do personagem – e nas lutas contra grupos grandes, onde todas essas alterações culminam em confrontos bagunçados e nada fáceis de controlar. No geral, em Village, o jogador precisa ficar duplamente alerta.

Apesar desse aumento na intensidade, o combate segue o modelo de Resident Evil 7, com o botão de bloqueio (ainda engraçadíssimo… será que dá mesmo pra defender uma tonelada de impacto botando a mão na frente do rosto?) e poucas novidades no repertório inato de Ethan.

Mas é claro, o protagonista não passaria o jogo inteiro sendo menos capaz que seus oponentes. Para equilibrar esse handicap no combate, Resident Evil Village recorre a outra fonte de inspiração…

2. Resident Evil 4, parte dois

Resident Evil Village 03 Shop

Sem dúvida o título mais prestigiado na era moderna da série, Resident Evil 4 empresta quase todo o seu template de design a Village, desde os ambientes – vila, castelo – até Duke, versão 2021 do simpático vendedor que nos ajudou no mochilão europeu de Leon. Quando derrotados, os monstros em Resident Evil Village derrubam munição e dinheiro – a moeda aqui é a Lei, literalmente –, usado na loja de Duke para ampliar o arsenal de Ethan.

A attaché case, clássica maleta-inventário de Resident Evil 4, também foi reciclada para a nova sequência, com aquele mesmo jeitão de Feng Shui de terror que nos torna obcecados por arrumar os quadradinhos a cada novo item.

Infelizmente, apesar da boa intenção, a execução dessas ideias deixou um pouco a desejar.

As armas em Resident Evil Village são sempre ultrapassadas pela próxima de sua categoria. Se você encontrar uma Shotgun pelo mapa, é certeza de que as stats dela são superiores às da sua Shotgun atual, mesmo com upgrades. Já em Resident Evil 4, cada arma possui suas vantagens – como a primeira Handgun do jogo, que conta com a maior porcentagem de dano crítico da classe, mesmo se comparada com pistolas encontradas mais pra frente.

Além disso, as armas em Resident Evil 4 oferecem um ótimo plano de relacionamento através do Exclusive, um upgrade final com uma melhoria bem mais significativa que incentiva o jogador a carregar o mesmo equipamento por bastante tempo. Essa opção não aparece em Village.

Nem mesmo os upgrades comuns em Resident Evil Village foram bem planejados, alguns custando uma fortuna para um mísero crescimento de 0.1 ponto. E em sua maioria, os upgrades não são liberados pelo Duke com uma frequência aceitável. Acontece de passarmos horas sem o próximo avanço de dano, e quando ele vem, não justifica a espera.

Por fim, os preços da lojinha a partir do ato final são exorbitantes, mesmo se todos os tesouros do mapa foram adquiridos anteriormente. Passa a impressão de que o jogo quer continuar a estratégia de economia no próximo loop da história, o que seria justo se ainda não tivéssemos umas boas duas horas de desafios para resolver.

A progressão de upgrades em Resi 4 é de fato uma raridade no gênero, muito difícil de replicar, mas Village tropeça em distribuições básicas de valor, o que acaba comprometendo o ritmo do jogo desnecessariamente.

3. Estrutura familiar com sensibilidade moderna

Resident Evil Village 04

Resident Evil Village possui uma variedade exemplar de cenários de jogo, entre fortalezas de puro combate, chefes monumentais e solução de puzzles, incluindo um segmento “calmo” que sem a menor dúvida teria entrado em nosso Top 9 sustos de Resident Evil se a lista tivesse sido concebida depois do novo lançamento. Se contar mais, estraga.

Ao mesmo tempo, Village se sai bem ao unir a rotina de gameplay já estabelecida pela série – procura chave, abre porta, conserva munição, etc. – a tendências de gerações recentes. Após certo progresso na história, o mapa da vila se transforma em uma cidade aberta, cheia de tesouros, caminhos opcionais e lutas únicas.

O jogo marca no mapa pontos de interesse como poços e baús de tesouro, nos enviando em uma quest mais duradoura e às vezes mais recompensadora que as missões principais. Alguns monstros especiais também passam a vagar pelo território, à espera de um longo e intenso confronto, acontecimento comum em jogos estilo Dark Souls.

O sistema de crafting, que esteve em todas as edições de Resident Evil desde 7, tem importância maior aqui. Não só podemos criar qualquer tipo de munição, com materiais encontrados o tempo todo pelas áreas do mapa, como é possível caçar animais e entregá-los para Duke – chef talentoso, ainda por cima! –, que prepara refeições revigorantes que aprimoram a energia, rapidez e o bloqueio de Ethan.

4. Longevidade com liberdade

Resident Evil Village 05 Lycan no Modo Mercenaries

Resident Evil Village oferece o mesmo sistema de pós-jogo visto em Resident Evil: Revelations 2 e Resi 3 Remake: uma loja in-game onde podemos trocar pontos acumulados em desafios pré-estabelecidos por prêmios como armas, munição infinita e galeria de arte.

E assim como Rev 2 e o remake de Nemesis, as recompensas aqui podem ser usadas em qualquer modo de dificuldade, transformando o pós-jogo em um imenso playground onde o jogador faz suas próprias regras. Quer voar pela dificuldade mais alta sem crise? Compre a loja quase toda e pronto. Prefere um desafio maior? Ignore a loja.

Também retorna a Village o popular modo Mercenaries, que fez um baita sucesso entre Resident Evil 4 e 6. Nele, o jogador deve exterminar o maior número de inimigos dentro do tempo limite.

O design deste Mercs é mais direcionado que o caos alucinante dos antigos, incorporando a lojinha de Duke e habilidades temporárias exclusivas, como aumento de dano se o alvo estiver distante. Mercenaries vale como curiosidade e (mais uma) homenagem a Resident Evil 4.

Finalmente, Resident Evil Village resgata outra herança de Resi 4: o New Game Plus. É só continuar o mesmo arquivo depois de terminada a história e ela recomeça com seu inventário anterior intacto. A dificuldade mais alta, Village of Shadows, parece inclusive ter sido planejada especificamente para as vantagens do NG+, sendo um completo tormento em condições normais. Até inimigos básicos exigem de 20 a 30 balas até cair.

Village of Shadows é decepcionante especialmente se comparado ao modo Madhouse em Resident Evil 7, que aumenta o desafio e reorganiza o labirinto sem a necessidade de usar itens do pós-jogo. Não se surpreenda se a Capcom lançar um patch para reduzir a dificuldade de Village of Shadows, como já havia feito com o modo No Hope em Resident Evil 6.

Mesmo com esse tropeço, em sua totalidade, Resident Evil Village tem bom valor de replay. Os desafios que alimentam a loja pós-jogo cobrem essencialmente todo o conteúdo da aventura, desde os tesouros até a caça de animais, passando ainda pelo modo Mercenaries e incluindo condições intrigantes como zerar a história apenas com a faca. A campanha em si flui bem e nos convida a novas velhas visitas por mérito do próprio design.

5. RE Engine cada vez mais refinado

Resident Evil Village 06 Lycan

Uma das imagens mais belas em Resident Evil Village aparece logo no começo: o rosto do zumbisomem focalizado com todos os detalhes e iluminação forte, sem esconder uma única marca nas sombras, e tudo isso enquanto o nosso corpo é deliciosamente mastigado. Bem, ‘deliciosamente’ fica por conta do monstro.

O RE Engine, criado para a série Resident Evil e depois adaptado para Devil May Cry, evolui fácil a cada edição, trazendo feições expressivas, texturas realistas e cores e luz vivas. Uma comparação que simboliza esse desenvolvimento de forma evidente é Mia.

A diferença de qualidade entre os modelos da personagem em Resi 7 e na nova sequência é gritante.

Resident Evil Village 07 Interior do Castelo Dimitrescu

Igualmente impressionante é a ambientação de Resident Evil Village, destacando-se o Castelo Dimitrescu, com seus majestosos lustres, cômodos e iluminação aconchegantes, a vila em meio às tempestades de neve, e outra área mais tarde que é melhor não spoilar, mas que faz um trabalho excepcional de integração de todos os aspectos do design (itens, tesouros, inimigos) dentro da sua temática.

E como não tem sido diferente nos últimos títulos da série, o som em Resident Evil Village é espetacular, dos ecos nos corredores (um metal caindo no chão nunca foi tão perturbador) aos confortáveis cliques das armas, sem esquecer, claro, os horripilantes berros e uivos dos zumbisomens Lycan.

Uma história que chega ao fim

Resident Evil Village 08 Ethan Winters

Resident Evil Village empresta conceitos centrais da obra-prima Resident Evil 4 enquanto segue naturalmente a trilha de seu antecessor direto, construindo uma experiência de survival horror atual e satisfatória, ainda que apresente falhas incompreensíveis como a distribuição de armas e valores de dano.

A trama conclui a saga de Ethan e o estabelece como mais um protagonista memorável em uma franquia que já tem vários heróis marcantes. A gente espera, de coração, que Ethan apareça mais alguma vez por aí, tendo seu braço arrancado violentamente e colado de volta com Merthiolate.

Resident Evil Village não figura entre os Top 9 melhores Resident Evil, mas ainda assim, a mais nova encarnação do medo em primeira pessoa vale demais a pena.

E a história da série, vai pra onde agora? Teremos outro conto pessoal, como foram Resident Evil 7 e Village, ou será que vem por aí uma nova etapa da épica perseguição de Chris, Jill e Leon aos responsáveis pelo terror biológico?

… ai, ai. Falta muito pra Resident Evil 9?

Resumão – Resident Evil Village
+ segue o estilo de Resident Evil 7 de maneira natural e progressiva
+ empresta algumas das melhores ideias de Resident Evil 4, ainda que não sejam perfeitamente executadas aqui
+ se adapta bem a tendências modernas, como o mapa aberto e cheio de tesouros e surpresas, sistema de caça e crafting
+ conclui a história de Ethan com reviravoltas interessantes e introduz alguns vilões memoráveis
+ apresentação visual e som impecáveis
+ pós-jogo estilo playground, onde o jogador faz as suas regras
– valores de dano e colisão pouco balanceados, especialmente no modo Village of Shadows
– novas armas substituem as anteriores sem decisão estratégica por parte do jogador
– preços da loja exorbitantes no ato final
Nota final: 8/10

Conteúdo zerado em Resident Evil Village:

  • História principal (Hardcore, Village of Shadows)
  • Todos os tesouros e side-quests (Hardcore, Village of Shadows)
  • 58 dos 70 desafios/challenges conquistados
  • Mercenaries

Muito obrigado por acompanhar o Especial Resident Evil! Até o lançamento de Resident Evil Village, foram mais de 10 artigos celebrando a história da série de terror, como Top 9 personagens de Resident Evil, um olhar nostálgico para Resident Evil: Director’s Cut e a comparação Resident Evil antigo vs. moderno.

Se ainda estiver no clima do survival horror, dê uma olhada em nosso conteúdo! Também temos artigos sobre outras séries assustadoras, como as retrospectivas Silent Hill e Dead Space.

E não se esqueça de compartilhar aí nos comentários a sua opinião sobre o novo terror da Capcom.

Até mais!

Top 9 Jogos Parecidos com Resident Evil

Jogos Parecidos com Resident Evil

Peraí, peraí. Acho que eu já vi esse jogo antes! Bem-vindos ao nosso Especial Resident Evil, celebrando o melhor dos pioneiros do survival horror até o lançamento de Resident Evil Village. Mas o Top 9 de hoje não é sobre a turma de Jill e Leon. Desta vez, vamos listar os principais jogos parecidos – que também podemos chamar de clones – com a famosa série de zumbis.

‘Clone’ é um termo que pode passar uma impressão negativa, mas não leve a mal: todos os jogos citados na lista são de ótima qualidade. E todo trabalho criativo tem uma inspiração, né? Mesmo Resident Evil emprestou conceitos do RPG Sweet Home, no Nintendinho, e de Alone in the Dark, como mencionamos no look nostálgico sobre o Resident Evil original.

Melhores jogos inspirados em Resident Evil

A escola de Resident Evil influenciou várias gerações que replicaram tanto os Resi clássicos quanto os modernos introduzidos em Resident Evil 4. O Top 9 vai cobrir ambas as eras, mais uma ou outra surpresa que pode não ser tão similar ao carro-chefe da Capcom em termos gerais, mas que mesmo assim respeita critérios relevantes para a lista.

Bora conferir o ranking?

9. Luigi’s Mansion

Luigi's Mansion

Será que eu entrei na lista certa? Isso aqui é sobre Resident Evil ou é Top 9 jogos do Mario?

Calma que tá tudo bem!

Luigi’s Mansion é uma criativa aventura da Nintendo estrelada pelo irmão mais injustiçado do mundo dos games. Apesar das críticas iniciais por ter ‘roubado’ o lugar de um Mario tradicional no lançamento do GameCube, Luigi’s Mansion ganhou o coração dos fãs com o tempo e hoje é lembrado por seu senso de humor característico, gameplay viciante e pela influência do gênero survival horror em sua estrutura e atmosfera.

Sim, Luigi’s Mansion é um jogo fofinho, mas mesmo nesse contexto do selo de qualidade da Nintendo há uma tentativa de simular a aura opressiva típica do terror de sobrevivência. A mansão é assombrada por espíritos inquietos, os corredores da casa são escuros, e Luigi passa o jogo morrendo de medo de… qualquer coisa.

O layout do mapa também tem bastante em comum com o casarão do Resident Evil original: as salas estão trancadas e precisam de chaves espalhadas pela mansão de maneira não-linear, e Luigi atravessa várias regiões da casa com temas diferentes – como jardim e lazer –, solucionando puzzles e caçando fantasmas com seu aspirador de pó.

Tá, essa parte do aspirador não é lá tão parecida com Resident Evil, vai.

8. The Last of Us

The Last of Us

The Last of Us é uma aventura pós-apocalíptica com uma pitada calculada de survival horror. O maior sucesso da Naughty Dog segue um caminho mais focado na narrativa, estratégia comum em produções contemporâneas como Uncharted, da mesma desenvolvedora.

Mas a base do gameplay em The Last of Us é nitidamente enraizada na fase moderna de Resident Evil. Quem já estava familiarizado com a série de terror pelo menos desde 2005 chegou em The Last of Us com bagagem de sobra, da visão de câmera acima do ombro até as importantes decisões sobre racionamento e recursos utilizados no combate.

The Last of Us vale a pena tanto por mergulhar o jogador em uma nova e fascinante mitologia quanto pela jogabilidade. Só tome cuidado com aqueles malditos Clickers.

7. Shadows of the Damned

Shadows of the Damned

O primeiro clone da lista com participação oficial do criador de Resident Evil é este Shadows of the Damned.

Produzido por Shinji Mikami e Suda 51, Shadows é um jogo de ação de terror que não se leva nada a sério e não tem a menor vergonha de imitar o que funciona: Resident Evil 4, no caso.

O estilo de mira e das armas é uma cópia em papel-carbono de Resi 4, incluindo as categorias de upgrade. A estrutura das fases e o design dos monstros também seguem de perto o template estabelecido na obra da Capcom. Parece mesmo que a gente tá jogando um mod de Resident Evil 4 que se passa nas profundezas do inferno.

Por fim, a trilha sonora é de autoria de outro veterano do survival horror: Akira Yamaoka, conhecido por suas belas e levemente perturbadoras composições para a série Silent Hill.

Shadows é um jogo divertido, apesar da repetição dos mapas e do humor juvenil. Parece claro que a influência de Shinji Mikami aqui não passou do modelo de gameplay, e que o visionário diretor estava guardando suas melhores ideias para o seu próximo projeto.

6. Parasite Eve 2

Parasite Eve 2

O Parasite Eve original nunca escondeu a inspiração de Resident Evil em sua apresentação e no design. A câmera fixa, o clima angustiante da história e o cenário realista de Nova York certamente foram transportados do livro para os games por influência do gigante da Capcom.

Ainda assim, Parasite Eve é um RPG, e com mais características únicas do que conhecidas de outras franquias. Já a sua sequência decidiu abraçar a clonagem de vez.

Parasite Eve 2 não é mais um RPG como seu antecessor. O combate agora acontece em tempo real, e os elementos de RPG foram reduzidos a um sistema de experiência que só afeta uma categoria de poderes de Aya Brea.

O resto é puro survival horror, do controle tanque ao mapa interconectado, passando ainda pelos comentários da protagonista ao examinar qualquer parte do cenário e as decisões que mudam o final da jornada.

Parasite Eve 2 tem suas falhas, em especial o ritmo do jogo, que é um pouco arrastado demais. Mas no geral, é uma tremenda homenagem a Resident Evil e faz valer a (nada sutil) entrada de Aya no survival horror.

5. The Evil Within

The Evil Within

Último jogo dirigido por Shinji Mikami – último mesmo, já que ele decidiu se aposentar do cargo –, The Evil Within prometeu chacoalhar o gênero como o mesmo criador havia feito com Resident Evil 1 e 4. A realidade não foi bem essa, mas The Evil Within ainda é uma experiência imperdível.

O jogo possui excelente variedade de cenários, sequências cinematográficas alucinantes, monstros assustadores, e ainda flerta com a rígida administração de recursos dos clássicos survival horror.

Mikami até tentou se distanciar de Resident Evil 4 com uma complexa trama psicológica e mexendo na colisão dos personagens para limitar o poder do jogador, mas é difícil não ver The Evil Within como uma continuidade do conceito anterior.

Não que a gente esteja reclamando.

4. Fatal Frame

Fatal Frame

A série Fatal Frame introduziu ao gênero um terror típico de filmes japoneses como Ringu e Dark Water. Lembra da Sadako, ou a Samara no remake de Hollywood? Pois é, imagina um jogo inteiro sendo aterrorizado por um bicho daquele.

A premissa do design em Fatal Frame é espetacular: a única maneira de se livrar dos espíritos que assombram o ambiente é os capturando com uma câmera. Sim, a gente tira foto pra matar os fantasmas do jogo.

O gameplay é essencialmente tiro, já que precisamos mirar no alvo e tal. Mas a novidade da câmera e os upgrades relacionados à fotografia, aliados à sufocante perspectiva em primeira pessoa no combate, ajudam a destacar o terror da Tecmo.

Mesmo com tantas inovações, a influência de Resident Evil em Fatal Frame é palpável, do layout do labirinto à munição escassa – desculpe, rolo de filme escasso!

3. Dino Crisis

Dino Crisis

Se é pra ter clone, bora fabricar um em casa mesmo! Dino Crisis é criação de Shinji Mikami – ó ele de novo – e é talvez o mais próximo que um clone chegou de Resident Evil em toda essa lista.

O gameplay e a estrutura são quase idênticos, com controle tanque e muita busca por chaves em um centro de pesquisa que foi misteriosamente tomado por dinossauros. A história é tão maluca quanto parece, mas é um barato ao mesmo tempo.

As mínimas diferenças entre Dino Crisis e Resident Evil estão no sistema de mistura de itens, mais complexo que as manjadas combinações de ervas, e claro, nos dinossauros.

Rápidos e incansáveis, os dinossauros em Dino Crisis nos forçam a memorizar todo o layout do mapa como poucos exemplares no gênero. É como se a mansão de Resi 1 fosse invadida por Hunters desde o começo.

2. Dead Space

Dead Space

Se Dino Crisis é Resident Evil com dinossauros, Dead Space é Resident Evil no espaço. Mas ao contrário da aventura jurássica, a era Resi que Dead Space puxa é a moderna. Fica até um pouco cansativo, mas o crédito aqui vai para Resident Evil 4, mais uma vez.

Em Dead Space, o engenheiro Isaac Clarke encontra toda a tripulação de uma embarcação espacial infectada por alienígenas. As armas funcionam como em Resident Evil 4, apesar de bem camufladas no tema da mineração: o laser cortante, por exemplo, nada mais é que a pistola de Dead Space.

Se quiser ler mais sobre a saga de Isaac, confira a nossa retrospectiva de Dead Space, que cobre todos os (poucos) jogos da série.

1. Silent Hill

Silent Hill

Ironicamente, o jogo que havia sido idealizado como um clone sem vergonha de Resident Evil é justamente o que criou maior identidade própria no gênero.

Por mérito total da equipe de design liderada por Keiichiro Toyama, o pesadelo estrelado por Harry Mason popularizou o terror psicológico e ainda provou que é possível contar uma história profunda através da mídia interativa dos games.

Com alguns dos jogos mais memoráveis e assustadores da categoria, Silent Hill se tornou sinônimo de survival horror tanto quanto Resident Evil e com certeza merece o primeiro lugar em nossa lista.

E aí, qual o seu “clone” de Resident Evil favorito? Joga aí nos comentários!

Se ainda estiver no clima do terror dos clones, veja a nossa retrospectiva da série Silent Hill.

Até mais!

Top 9 Chefes de Resident Evil

Chefes de Resident Evil

Se os monstros comuns em Resident Evil já perturbam o nosso sono, imagina os chefes? O Top 9 da vez no Especial Resident Evil vai listar alguns dos manda-chuvas mais ilustres da série até aqui.

Com tantos jogos e vilões inesquecíveis, fica difícil chegar num ranking definitivo. Mas a ideia aqui é escolher batalhas que representam bem o survival horror da Capcom, seja pela importância do vilão naquele jogo, na série em geral, ou pelo nível de qualidade da luta em si.

Melhores chefes Resident Evil

Ah, quer um bônus? Este artigo também vai ensinar como enfrentar cada um desses monstros. Vamos lá!

Aviso: o artigo contém spoilers.

9. Neil (Resident Evil: Revelations 2)

Neil (Resident Evil: Revelations 2)

O executivo da TerraSave e colega de Claire em Revelations 2 se revela um monstro asqueroso e perigoso. E isso mesmo antes de se transformar fisicamente.

Neil é o melhor chefe de Revelations 2, destacando-se pela intensidade da batalha e, principalmente, pela escolha no desfecho da luta. As cenas finais do jogo mudam dependendo de qual personagem pega a arma para executar o chefe. A decisão que eventualmente leva à conclusão verdadeira em Rev 2 mostra ainda uma importante superação pessoal de Moira Burton.

Como enfrentá-lo: Posicione-se perto de um dos containers inflamáveis espalhados pela arena e desvie da corrida do monstro; ele acaba socando o tanque e causando uma explosão.

Fique ali próximo à ‘poça’ de fogo para que Neil continue acumulando chamas em seu corpo, até que ele vá se refrescar num dos canos de água. Aí é só atirar no ponto fraco.

8. Verdugo (Resident Evil 4)

Verdugo (Resident Evil 4)

“Seu braço direito sai?”, disse Leon em um de seus vários momentos John McClane em Resi 4. Não é só Dead Space que tem um protagonista fã de Duro de Matar.

Leon se referia a Verdugo, um dos seguranças particulares de Ramon Salazar. Verdugo é um monstro com aparência ameaçadora, certamente inspirado em Alien e Predador ao mesmo tempo.

O visual já serve pra rasgar a psíque dos gamers pra vida toda, e o bicho ainda por cima é rápido e possui um exoesqueleto impenetrável.

A perseguição de Verdugo é uma das poucas partes em Resident Evil 4 que remetem ao medo visceral da série clássica. Toda a sequência a partir do esgoto na visão do chefe é de arrepiar, e a luta em si é puro caos, no melhor sentido da palavra.

Como enfrentá-lo: Verdugo não é vulnerável a ataques comuns; é necessário derrubar tanques de nitrogênio líquido antes, para congelar o monstro, e então usar sua arma mais potente.

Há uma estratégia alternativa e surpreendentemente consistente: corra! Depois de mais ou menos quatro minutos, o elevador chega e Leon pode deixar o local sem gastar uma balinha sequer.

7. Super Tyrant (Resident Evil 2 Remake)

Super Tyrant (Resident Evil 2 Remake)

A versão final de Mr. X em Resident Evil 2 Remake, conhecida oficialmente como Super Tyrant, é também a sua mais violenta. Com o braço extra infectado e mais veloz que o stalker original, o Super Tyrant faz bem o papel de último desafio na sangrenta campanha de Leon.

A luta só dura alguns minutos, contados no tradicional reloginho do desespero que aparece em todos os jogos da série. Se Leon sobreviver o tempo suficiente, Ada joga um Rocket Launcher para que o novato do RPD finalize o chefe.

Como enfrentá-lo: Qualquer dano ao Super Tyrant diminui o tempo necessário até Ada chegar. Granadas são uma boa estratégia aqui: alterne entre Hand Grenades para machucar o chefão e Flash para segurá-lo o quanto for preciso.

Use uma dessas granadas também quando Mr. X iniciar seu ataque de morte instantânea, que é sempre precedido por uma pose especial.

6. Krauser (Resident Evil 4)

Krauser (Resident Evil 4)

Depois de uma luta toda no conforto dos eventos quick time, chegou a hora de encarar Krauser na raça mesmo.

A batalha começa em um labirinto onde o ex-parceiro de Leon nos espera em cantos diferentes do mapa com uma nada amigável metralhadora. Os encontros aqui são breves, mas desafiadores. Em seguida, os dois lutões resolvem levar as desavenças para o telhado de uma das construções ali.

E é lá que Krauser anuncia sua transformação final. Mais um chefe com braço infectado, mais um chefe com timer na tela, mais um chefe veloz demais para o protagonista. O jeito é se adaptar e reagir aos ataques com sabedoria e precisão.

A propósito, vocês também acham que o braço de Krauser lembra a Sparda, de Devil May Cry? Não duvido esse ter sido um resquício de quando as duas produções eram uma só.

Como enfrentá-lo: Faca! Sério mesmo, a faquinha é a fraqueza de Krauser. Mesmo na dificuldade Professional, cerca de quinze facadas são suficientes pra derrubá-lo.

5. Jill (Resident Evil 5)

Jill (Resident Evil 5)

O encontro com Jill é menos uma luta e mais um angustiante apelo de Chris pela recuperação da amiga. Jill, ciente de suas ações mas sem poder controlá-las, faz acrobacias, pula e corre atormentada pela arena enquanto Chris e Sheva tentam conversar e acalmar a heroína.

A preocupação de Chris com Jill é tocante, e integrada ao gameplay através de um simples comando de voz. O comando não parece afetar a luta, mas é comovente testemunhar a agonia dos ex-companheiros tentando achar um jeito de se comunicar, e ainda com a nossa participação.

Como enfrentá-la: Posicione-se atrás de Jill e use o prompt para segurá-la. O personagem parceiro vai atirar no dispositivo no coração de Jill – o computador é bom de mira, não se preocupe – e arremessá-la ao chão.

Chegue perto dela novamente e acione o prompt para tentar arrancar o dispositivo com a mão. Provavelmente não vai acontecer logo de primeira, mas na segunda ou terceira vez o aparelho sai.

4. Um foguetório para Wesker (Resident Evil 5)

Wesker (Resident Evil 5)

Em sua participação mais marcante na série, como mencionamos em Top 9 personagens de Resident Evil, Wesker finalmente se tornou um vilão de gameplay e não somente de cutscenes. O segundo dos três confrontos com o ex-líder dos S.T.A.R.S. acontece em um extenso hangar repleto de mísseis.

A luta é bastante interativa, como todas em Resi 5, com elementos no cenário que podem ser utilizados tanto pelo jogador como pelo chefe.

E a empolgante trilha sonora virou marca registrada do antagonista, aparecendo até em Marvel vs. Capcom 3.

Como enfrentá-lo: Apague as luzes do mapa uma a uma, pegue o Rocket Launcher (disponível ali mesmo) e atire nas costas de Wesker.

Enquanto ele briga com o foguete, acerte seu rosto com a pistola. A munição do Rocket Launcher deve ser recarregada manualmente; vá até a caixa de foguetes e insira um novo míssil.

Repita o processo mais uma ou duas vezes, e depois aproxime-se do chefe e siga o prompt da injeção.

3. G3 (Resident Evil 2 Remake)

G3 (Resident Evil 2 Remake)

Um dos aprimoramentos notáveis no novo Resi 2 foi o redesign dos chefes, mais capazes e exigentes que suas versões originais.

G3, a terceira forma na trágica transformação de William Birkin, é talvez o chefe que demanda mais destreza, resistência e poder de reação no jogo, e também o mais gratificante.

A batalha se passa no clímax da aventura, no laboratório NEST, e conta ainda com uma bela trilha orquestrada.

Como enfrentá-lo: Os golpes de G3 são todos telegrafados. Observe o comportamento de Birkin e procure oportunidades para destruir cada olho; é possível acertar todos eles com a mira fixa.

Com Leon, use o Flamethrower ou até mesmo a faca para atingi-lo depois de arrancar seus olhos, e repita o processo.

Claire tem um método muito mais fácil: Acid Rounds. É só atirar uns 30 desses, o vilão nem consegue se mexer.

2. A vingança de Tyrant (REmake)

Tyrant (REmake)

No laboratório da Umbrella, Wesker nos explica todo o seu plano maligno – como qualquer vilão que se preze – e revela aos protagonistas a arma biológica mais mortal de todas: o Tyrant. Depois de uma luta até que tranquila naquela mesma sala, Jill e Chris procuram uma saída antes que a mansão exploda.

E que sorte! Brad atendeu o chamado dos heróis e já tá pertinho dali no helicóptero. Agora é só correr até o telhado, e… putz. Que barulho é esse no chão?

Tyrant sobreviveu! Mais ágil e contando com o apoio sempre maldito da contagem regressiva, Tyrant cerca os S.T.A.R.S. remanescentes e, pelo jeito das coisas, só nos resta esperar pelo pior.

A segunda luta contra Tyrant é uma recompensa exclusiva ao final bom do jogo. Peraí, chamam um troço repulsivo desses de ‘recompensa’? Tá louco. Eu quero é acordar desse pesadelo logo!

Como enfrentá-lo: Desvie dos ataques do Tyrant como puder, usando o que tiver de mais pesado em seu arsenal pra ferir o experimento da Umbrella.

Poucos minutos depois, Brad, nosso medroso favorito, joga um Rocket Launcher do alto de seu helicóptero para Jill e Chris. Aí é só alegria. Mas acerte dois mísseis; o primeiro normalmente é rebatido pelo chefe.

1. Resto de Nemesis (Resident Evil 3: Nemesis)

Nemesis (Resident Evil 3: Nemesis)

O fim da obsessão de Nemesis pelos S.T.A.R.S. está próximo. Na fábrica desativada, última área do jogo, Jill consegue acesso a um depósito de resíduo tóxico para onde a agente RPD atrai o Perseguidor.

O diferencial dessa luta tá na estratégia a seguir.

Como enfrentá-lo: Viu aquelas torneiras de ácido demonstradas pelo próprio Nemmy na cena de introdução? Atire ou acerte-as com a faca e, se Nemesis for atingido pelo líquido, seu braço simplesmente corrói e cai do corpo dele.

Repita o método e a cabeça do coitado cai também, resultando em uma triste (porém satisfatória) imagem do monstrão andando pra lá e pra cá sem a menor direção. Um terceiro banho de ácido é vitória certa para Jill.

Tem chefe demais pra escolher, né? Ainda poderíamos ter incluído o horripilante U3, de Resi 4, El Gigante no mesmo jogo, ou até o choque entre Jill e Nemesis na Clock Tower em Resident Evil 3 Remake, por mais decepcionante que aquela área – ou o que sobrou dela – tenha sido no título recente.

Se quiser ler sobre os monstros ‘menores’ da série, confira o Top criaturas de Resident Evil. Ou as Top armas que ajudam a aniquilar tanto os inimigos comuns como os chefões que mandam na p#$@ toda.

Até mais!

Top 9 Criaturas de Resident Evil

Criaturas de Resident Evil

As criaturas de Resident Evil, conhecidas no cânon da história como armas biológicas, são marcas inquestionáveis da criatividade da série.

De cachorros babões sem metade do focinho a gosmas ambulantes com um olho gigante nas costas, o que não falta aqui é imaginação – e nojeira, convenhamos.

Nossos critérios de escolha pra essa lista são a importância do inimigo para a série, independentemente da sua letalidade, e quanto medo o bicho bota na gente, porque é claro que bota.

Decidimos excluir chefes como Birkin e Nemesis desta vez, mas não se preocupem, eles têm sua própria lista: Top 9 chefes de Resident Evil.

Melhores criaturas de Resident Evil

Ah, um bônus: este Top 9 também vai ensinar como enfrentar cada um desses monstros. Bora?

Aviso: este artigo contém spoilers.

9. Cerberus

Cerberus Resident Evil

Os doguinhos merecem um salve por terem sido a primeira criatura que aparece em toda a franquia, antes mesmo dos zumbis.

Seu nível de agressão e defesa mudam conforme o jogo. Os dogs no primeiro REmake são os inimigos mais irritantes em toda a aventura. Já na trilogia original, eles servem mais como estopim de sustos do que como ameaças reais ao jogador.

Como enfrentá-los: Qualquer coisa funciona. Handgun é uma boa, simples e eficaz.

8. Mimicry Marcus

Mimicry Marcus Resident Evil

Resident Evil Zero é meio preguiçoso no design das suas criaturas, com versões grandes de animais já existentes e um ou outro monstro reciclado de jogos anteriores. O único inimigo que demonstra um esforço criativo na prequel é essa cópia nojenta do Dr. James Marcus.

Formado por centenas de sanguessugas que assumem a aparência do pesquisador da Umbrella, o Mimicry Marcus se movimenta cambaleando e ataca com um de seus braços esticados à la Dhalsim.

A animação também é perturbadora e lembra muito stop-motion, o que combina bem com o mote ‘antigo’ de Zero.

Como enfrentá-los: Use fogo. Molotov Cocktails – com Rebecca, que os arremessa melhor – ou Flame Rounds funcionam. Mas sinceramente, é menos complicado e mais econômico correr deles, até mesmo na dificuldade Hard.

7. Garrador

Garrador Resident Evil

O aprendiz de Wolverine em Resi 4 tem uma fraqueza mais óbvia que o super-herói da Marvel: ele não enxerga. Mas isso não o impede de ser um dos monstros mais perigosos no passeio europeu de Leon. Sua audição é hipersensível, e suas garras são mortais, decepando o jogador quase sem fazer força.

Garradores têm moral de mini-chefes em Resident Evil 4. São pouquíssimas as lutas contra eles, mas o jogo é inteligente na distribuição desses inimigos e ao oferecer variações a cada encontro, como a jaula e dois monstros de uma só vez.

Como enfrentá-los: Ande devagar e atire na Plaga nas costas do Garrador. É possível iniciar uma corrida pra chamar a atenção do inimigo e imediatamente desviar do golpe dash, fazendo com que o Garrador prenda a garra na parede por alguns segundos.

6. Crimson Head

Crimson Head Resident Evil

Agora acharam um jeito de transformar zumbis em mortos-mortos-vivos? Tô fora.

Matar um zumbi no primeiro REmake não tira o inimigo do jogo necessariamente: o corpo fica ali no chão, mesmo que a gente explore outras regiões da casa. Minutos depois, o cadáver levanta e ressurge como Crimson Head, mais forte e ágil.

Os Crimson Heads trazem uma dinâmica interessante ao design, incentivando o jogador a planejar melhor o seu caminho pela mansão e a sempre ter em mente os corpos ainda espalhados por aí.

Como enfrentá-los: O ideal é nem permitir que esses demônios apareçam. Evite matar zumbis, mas se acontecer, queime os cadáveres antes que os Crimson acordem. Se tiver que lutar mesmo, use Shotgun ou Grenade Launcher.

5. Dr. Salvador

Dr. Salvador Resident Evil

O símbolo do caos em Resi 4 é um tio com uma serra elétrica na mão e um saco de batata na cabeça.

Chegar perto de Dr. Salvador é morte certa: basta um toque da serra elétrica e Leon é decapitado sem piedade. A animação da cabeça arrancada, aliás, é coisa de pesadelo.

Como enfrentá-los: Munição pesada, de preferência na cabeça, ou Hand Grenades. A Handgun consegue se virar mirando bem na cuca deles; um prompt de golpe de contexto aparece eventualmente depois de certo dano.

4. Regenerator

Regenerator Resident Evil

Monstro mais assustador da fase moderna da série, o Regenerator é exatamente o que o nome diz: um inimigo com poder de regeneração.

Não adianta atirar na perna, no peito, onde for; o Regen vai recuperar a parte perdida e reverter todo o dano em alguns segundos. Sua respiração ofegante e o andar errático definitivamente não ajudam a aliviar a tensão.

Como enfrentá-los: Procure o Infrared Scope no freezer da ilha militar e use-o com um rifle. A mira termal indica as Plagas no corpo do Regen, e aí é só remover um por um com o próprio rifle.

3. Licker

Licker Resident Evil

Lickers foram introduzidos em Resident Evil 2 como uma das fases avançadas na mutação do G-Virus. A aparência desse inimigo é talvez a mais asquerosa em nossa lista: carne viva, língua alongada, cérebro exposto e garras afiadas.

Os Lickers costumam engatinhar pelo teto e pelas paredes, e são completamente cegos, usando a língua e o som para detectar presas.

Como enfrentá-los: Use Shotgun ou Grenade Launcher no Resi 2 original. No Resident Evil 2 Remake, é melhor passar por eles devagarinho sem perturbar.

2. Hunter

Hunter Resident Evil

Chris e Jill acabaram de encontrar a chave que abre as últimas portas da Mansão Spencer. E uma notícia melhor ainda: a casa está praticamente limpa de zumbis! Agora é só voltar, abrir as portas, e…

… peraí. Que ceninha nova é essa? Por que a câmera tá correndo rápido desse jeito? E que mão reptiliana é essa, benzadeus?

Os Hunters são criaturas perigosíssimas que geralmente substituem os inimigos comuns na segunda metade do jogo. Seus passos aterrorizantes estabelecem o tom da nova ameaça, bem como o look bizarro que parece uma mistura de gorila e réptil.

Além disso, um golpe desses caras pode tirar a vida do jogador se sua energia não estiver próxima ao máximo.

Como enfrentá-los: Shotgun, Grenade Launcher, Magnum; o que tiver de munição pesada, dependendo do jogo.

1. Zumbi

Zumbi Resident Evil

O inimigo mais simples da série é também o mais memorável. Resident Evil não seria o mesmo sem a familiaridade assustadora de pessoas comuns que foram tragicamente infectadas pelo vírus e vagam pelo mapa sem consciência própria.

Seus ataques são previsíveis e eles não são muito rápidos, mas ainda assim, encarar um grupo de zumbis sem o preparo ideal é tão arriscado quanto ser perseguido por um Hunter ou por Nemesis.

Como enfrentá-los: Se tomar a distância certa, até a Handgun vai bem. Use Shotgun de perto, e mire na cabeça.

Vale uma menção honrosa a Ganados e Majinis, inimigos básicos de Resi 4 e 5, que fazem o combate moderno brilhar desde os primeiros minutos de jogo.

Ficou faltando alguém? Quais são seus monstros favoritos (ou mais odiados) nos Resi? Manda aí nos comentários!

Para outros momentos estrelados por zumbis e cia., veja nosso Top 9 sustos de Resident Evil, ou as Top 9 armas mais recomendadas pra acabar com as criaturas de vez.

Até mais!

Top 9 Cenas de Resident Evil

Modo cinematográfico on! Nosso Especial Resident Evil segue com um ranking das melhores cenas da franquia de terror.

Mesmo quando o desenrolar da narrativa não é do agrado da maioria, como em Resident Evil Zero, por exemplo, fica claro pelo valor de produção das cutscenes que a história é sempre uma prioridade para os designers. E as cenas são recompensas invariavelmente bem-vindas pelos instantes de pavor que passamos no caminho até ali.

Melhores cenas em Resident Evil

Seja com gráficos pré-renderizados ou modelos 3D que só mexem um braço e nada mais, as nove cenas a seguir eternizaram personagens, eventos e diálogos no coração dos fãs e merecem todas as homenagens.

Aviso: este artigo contém spoilers.

9. Pai (Resident Evil Code: Veronica)

Pai (Resident Evil Code: Veronica)

Em uma das cenas mais impactantes de Code: Veronica, o jogo nos desnorteia com sua versão de um clássico dilema zumbi: o que você faria se uma pessoa próxima fosse infectada?

Steve Burnside, testemunhando a trágica transformação do pai enquanto o último avança em direção a Claire, toma a decisão mais difícil.

A sequência termina com uma terna conversa entre os dois amigos, com Steve compreensivelmente vulnerável e Claire trazendo a compaixão que a caracteriza desde sua primeira participação na série.

8. Em carne e osso (Resident Evil)

Em Carne e Osso (Resident Evil)

Tanto o Resident Evil original como o REmake mandaram bem demais em seus vídeos de abertura. Decidimos homenagear o primeiro pelas memoráveis performances live action, que juntam terror e humor meio sem querer e o resultado é sensacional. As telas de apresentação dos personagens, repletas de pose e fogo (hã?), são a cereja do bolo.

Em tempo: os nomes desses atores live action nunca foram revelados, nem nos créditos. O canal de YouTube ‘Whang!’ tem feito um trabalho interessante de pesquisa, caçando o elenco um por um e mostrando por onde eles andam hoje em dia.

7. Calamidade com elegância (Resident Evil: Outbreak)

Calamidade com Elegância (Resident Evil: Outbreak)

O melhor momento em Resident Evil: Outbreak acontece antes mesmo de termos controle sobre os personagens do jogo.

A cena de introdução é surpreendentemente delicada para uma série cheia de sangue e partes decepadas. O vídeo mostra a disseminação do vírus pelos esgotos de Raccoon City e o confronto de William Birkin com os agentes da Umbrella, tudo a partir do ponto de vista de um rato. A belíssima trilha sonora complementa o pacote.

6. Cidade fantasma (Resident Evil 2)

Cidade Fantasma (Resident Evil 2)

Chegando em uma deserta Raccoon City, o policial Leon Kennedy e a irmã de Chris Redfield, Claire, são atacados por um grupo de pessoas inexplicavelmente agressivas.

Os dois conseguem escapar dos ataques num carro de polícia, trocando poucas palavras até que um caminhão-tanque desgovernado literalmente passa por cima da viatura. Jogados um pra cada lado da explosão, os protagonistas decidem se encontrar na delegacia.

A abertura de Resi 2 funciona tanto pela força narrativa como para nos apresentar ao inovador sistema de cenários do jogo.

5. Extermínio (Resident Evil 3: Nemesis)

Extermínio (Resident Evil 3: Nemesis)

A perseguição de Nemesis a Jill Valentine termina ao mesmo tempo que um míssil nuclear se aproxima da cidade. Ô diazinho complicado, hein?

Já a bordo de um helicóptero que chegou misteriosamente para resgatá-la – reconhecem o piloto? –, Jill observa com uma mistura de alívio e condolência a aniquilação completa de Raccoon City.

Prédios, veículos e pessoas são varridos pelo fogo como se fossem poeira, e Jill promete a si mesma que os dias de Umbrella estão contados.

4. Primeiro contato (Resident Evil)

Primeiro Contato (Resident Evil)

A viradinha de cabeça do primeiro zumbi em Resident Evil figura fácil entre os momentos mais memoráveis da história dos videogames. Uma cena simples, eficiente e que representa bem o pesadelo que estamos prestes a enfrentar.

O próprio Shinji Mikami fez referência à icônica cena em sua obra de terror mais recente, The Evil Within. Prestem atenção no primeiro zumbi encontrado por Sebastian!

3. Pobre Brad (Resident Evil 3: Nemesis)

Pobre Brad (Resident Evil 3: Nemesis)

O personagem-título de Resi 3 aparece já no início, em uma violenta cena envolvendo nosso medroso favorito: Brad Vickers.

Programado para rastrear os membros sobreviventes dos S.T.A.R.S., Nemesis encurrala o piloto na entrada da delegacia de Raccoon City e assassina o coitado de algum jeito que deve ter sido excruciante pela expressão no rosto de Jill. Eu é que não queria ver o que ela viu. Nem sentir o que Brad sentiu.

Em seguida, Nemesis foca a sua mira em Jill e nos dá uma amostra do seu extenso vocabulário.

Além de ser muito bem conduzida, a cena escancara o tom da aventura sem nem conceder a gentileza de um tempinho pra absorvermos o que acabou de acontecer com nosso amigo. É uma porrada no estômago mesmo.

Manda aí nos comentários: vendo essa apresentação de Nemmy pela primeira vez, vocês escolheram fugir ou encarar o monstro?

2. Malformação de G (Resident Evil 2)

Malformação de G (Resident Evil 2)

O confronto entre William Birkin e os agentes da Umbrella participa pela segunda vez na lista, agora na versão Resi 2.

A cena mostra a emboscada do Serviço Secreto da Umbrella no laboratório de Birkin em busca do G-Virus e a reação do cientista ao injetar o vírus no próprio corpo – em suas palavras, o trabalho de uma vida inteira.

De quebra, ainda descobrimos como a epidemia se alastrou por Raccoon City.

1. X-Jill (Resident Evil)

X-Jill (Resident Evil)

Alguém aí tinha dúvida?

No Resident Evil original, Jill passou por alguns eternos segundos de desespero visceral ao ser quase esmagada por uma tonelada de concreto à la Tom & Jerry, e a reação de Barry, o Sensível, foi esta:

“Você quase virou um sanduíche de Jill.”

Sabe o pior? Jill concordou e riu junto. Uma coisa é certa: não dá pra falar que esses dois não têm senso de humor.

E a gente, é claro, agradece pelo momento inesquecível.

Tem tanta cena bacana nesses jogos que fica difícil escolher só 9. Mas acho que essa seleção retratou bem a série. Um pouco de trama, um pouco de terror, um pouco de humor. Ficou faltando um representante dos Resi modernos, talvez. Que cês acham?

Já que estamos em modo cinematográfico, confira também o Top 9 personagens de Resident Evil.

Até mais!

Top 9 Piores Resident Evil

Piores Resident Evil

Chegou a hora de rir um pouco (talvez de nervoso) dos piores Resident Evil lançados até hoje!

Nem tudo são flores, ou zumbis limpamente decapitados com um tiro de Shotgun. A qualidade da série é ótima na média, mas é inegável que Resident Evil teve alguns belos tropeços nesses 25 anos de história. Jesus, tanto tempo assim?

Os piores Resident Evil

Tem sequência descartável, tem arena multiplayer, tem reciclagem sem um pingo de vergonha. Em uma franquia gigante como Resident Evil, espera-se uma experiência minimamente honesta e coerente com a essência do terror. Não é o caso das pérolas a seguir.

Sobre ranking negativo: quanto mais próximo do primeiro lugar da lista, pior o jogo. Eba!

Ah, e este artigo contém spoilers.

9. Resident Evil: Mercenaries 3D (3DS)

Resident Evil: Mercenaries 3D

O nono lugar do ranking não é um jogo ruim, mas não oferece nada novo ou surpreendente para os fãs.

Mercenaries 3D foi uma tentativa da Capcom de lucrar com o viciante modo extra de Resi 4, 5 e 6. A ideia é simples: derrotar o maior número de inimigos no tempo limite, com extensões de relógio e multiplicadores de combo espalhados pelo mapa. Quando o timer zerar, o jogo calcula seus pontos e concede uma nota final.

O conteúdo é 99% reciclado de Resident Evil 4 e 5, incluindo personagens e mapas, com exceção apenas à estreia de Claire Redfield. Se é pra reutilizar tudo dos títulos anteriores, melhor jogar os anteriores direto, né?

Ou então vá de Revelations, uma produção de fato original para o portátil da Nintendo.

8. Resident Evil 6 (PS3/X360/atuais)

Resident Evil 6

Resident Evil 6 é uma aventura de proporções monumentais, com cenas dignas de Hollywood, cenários que se encontram em momentos importantes da trama, aprimoramentos de controle e alguns dos nossos personagens favoritos do universo Resi de volta à ativa.

Tá, e qual o problema?

Bem, o problema é todo o resto. Resident Evil 6 faz absolutamente de tudo para que o jogador não se divirta, dos corredores monótonos sem qualquer interação à galeria de lutas com script fixo.

Resi 6 nos leva do início ao fim segurando a nossa mão, o que não é exatamente das melhores sensações em um jogo de ação. A improvisação frenética que marcou áreas como o Water Hall em Resident Evil 4 deu lugar a sequências bonitinhas e cinematográficas onde nossa participação é limitada ao básico do básico.

Ainda assim, Resident Evil 6 é ok. Mas seria melhor se tivesse mais estratégia e menos pose.

7. Resident Evil: Dual Shock Ver. (PS1)

Resident Evil: Dual Shock Ver.

Outro jogo cuja mecânica é sólida, mas que foi arruinado por uma decisão completamente sem sentido.

Já pensou se o Stanley Kubrick tivesse usado a musiquinha de um carrossel mequetrefe como trilha em O Iluminado? Pois foi justamente o que fizeram com Resident Evil nesta edição Dual Shock. O suspense, a tensão e a atmosfera foram jogados no lixo.

É a segunda vez que mencionamos essa desgraça depois do artigo nostálgico sobre Resident Evil: Director’s Cut, e as duas desenterraram memórias que tavam bem tranquilas no fundo do baú. Nunca mais.

No outro artigo eu ainda sugeri procurar a música no YouTube, que horror. Isso não se faz com os leitores. Desculpa!

6. Resident Evil (Game Boy Color)

Resident Evil (Game Boy Color)

Este Resi portátil aparece na lista não por sua má qualidade, mas sim porque nunca foi lançado.

Qual é, Capcom? No gameplay que vazou pelas internetes, parecia ser uma adaptação relativamente fiel em 8-bit. Uma pena.

5. Resident Evil Survivor (PS1)

Resident Evil Survivor

Sim, Resident Evil Survivor é pior que metade de um jogo 8-bit que nunca foi lançado.

A ideia até que era bacana: um Resident Evil em primeira pessoa, com o mesmo estilo de design dos originais – itens escassos, exploração e chaves –, que usa a arma GunCon para atirar nos inimigos e andar pelas fases. É um light gun shooter, só que… sem trilhos.

O problema foi toda a execução da ideia, ou a falta de execução. A dificuldade é baixa demais, resultando em longos segmentos entediantes sem perigo ou estratégia. E a história é um desastre clichê que envolve amnésia, falsa identidade e péssimas atuações de voz.

Resident Evil 7, esse sim, foi um terror em primeira pessoa bem sucedido que até entrou em nossa lista de melhores Resident Evil.

4. Resident Evil Gaiden (Game Boy Color)

Resident Evil Gaiden

Fico mal com essa inclusão porque Gaiden até tenta umas coisas interessantes. O sistema de batalha é estilo RPG: as lutas acontecem em uma tela separada e o dano aos inimigos é ligado a uma barra de timing. O enredo também é intrigante, retratando uma epidemia zumbi em um luxuoso cruzeiro.

Mas o maior pecado de Gaiden é a música irritante – ah não, mais um flashback de Resi Dual Shock! –, ainda que fique clara ali a intenção de criar um suspense.

As notas da trilha são maçantes e repetidas à exaustão, e o portátil da Nintendo simplesmente não tem a potência necessária pra fazer uso de um artifício do tipo.

3. Resident Evil: Operation Raccoon City (PS3/X360/PC)

Resident Evil: Operation Raccoon City

Desenvolvido pela Slant Six Games, Operation Raccoon City possui mais características em comum com a franquia SOCOM, na qual a própria Slant Six já trabalhou, do que com Resident Evil.

O gameplay pode ser descrito como shooter genérico com zumbis. A atração principal é a possibilidade de formar equipes e jogar online, o que ajuda a aproximar a comunidade ao mesmo tempo que cria rivalid—Zzzz… hã? A gente tava falando de Resident Evil mesmo?

Sério, se estiver buscando um shooter bão e ainda dirigido por Shinji Mikami, criador de Resident Evil, sugerimos Vanquish.

2. Umbrella Corps (PS4/PC)

Umbrella Corps

O texto aqui vai ser meio nada, mas é o que Umbrella Corps merece. Corps é basicamente uma tradução ‘gamer’ daquela definição famosa de insanidade: fazer a mesma coisa esperando um resultado diferente.

Operation Raccoon City foi uma bomba? Vamos lançar mais um!

Talvez o maior sinal da qualidade de Umbrella Corps seja o fato de a Capcom nem ter incluído Resident Evil no nome do jogo. O pessoal já tava avisando a gente.

1. Resident Evil 2 (Game.com)

Resident Evil 2 (Game.com)

O Game.com foi um sistema portátil da Tiger Electronics, empresa especialista naqueles joguinhos eletrônicos baratos em tela LCD.

Pense em qualquer franquia grande dos anos 90 como Simpsons ou DuckTales e há boas chances de terem lançado um handheld licenciado pela Tiger.

Já era complicado defender o Game.com numa época dominada por Nintendo 64, PlayStation e Game Boy, e é ainda mais difícil justificar a existência deste Resident Evil 2. As animações, o controle, som e estrutura originais foram nitidamente trucidados. E aí, convenhamos, sobra o que?

Ao menos Resi Dual Shock tinha o gameplay intacto. Putz, a que ponto chegamos, falando bem de Resi Dual Shock…

Teve alguma experiência horrível com esses jogos? Esquecemos outros? Fomos injustos? Diz aí nos comentários!

Para entender melhor onde a série acertou e errou, veja nossa comparação entre Resident Evil clássico vs. moderno.

Até mais!

Resident Evil Director’s Cut: O Renascimento do Terror

Em 1998, o esquadrão tático da polícia de Raccoon City – o S.T.A.R.S. – foi acionado para investigar uma série bizarra de homicídios: as pessoas tiveram rosto e outras partes do corpo devorados. Durante a investigação, eventos ainda mais misteriosos se sucederam e a equipe Bravo perdeu contato com a base.

O time Alpha do S.T.A.R.S., liderado pelo capitão Albert Wesker, se prontificou para averiguar o que de fato aconteceu com seus colegas. Chegando no local do chamado, os Alpha foram atacados por cães aparentemente raivosos e refugiaram-se no único abrigo que encontraram ali no desespero: uma mansão.

Jill Valentine, Chris Redfield – ambos personagens jogáveis – e Barry Burton completam o elenco principal, agora preso em um ominoso casarão que não parece tão mais seguro que o lado de fora.

Resident Evil revolucionou o survival horror já em sua estreia, com uma corajosa mistura de direção cinematográfica e limitações de gameplay propositais que alimentam a atmosfera opressiva do jogo.

Vamos relembrar?

Bem-vindos ao nosso Especial Resident Evil!

Origem em casa

Resident Evil Director's Cut Origem

Resident Evil é um survival horror, gênero que nunca teve uma definição incontestável, mas com um conjunto de aspectos minimamente familiares em seus jogos. Alguns survival horror possuem foco em combate, outros só forçam o protagonista a fugir de uma ameaça.

Resi está ali no meio dos dois extremos, incentivando o jogador a calcular seus passos ao mesmo tempo que junta armas e munição para lidar com o que for possível pelo caminho.

A franquia Alone in the Dark certamente tem sua parcela de crédito na concepção de Resident Evil, em especial os ângulos fixos da câmera e o sistema de inventário adaptado dos adventures clássicos como Maniac Mansion.

Mas de acordo com Shinji Mikami, criador da série, Resident Evil foi inspirado originalmente em um RPG da própria Capcom que não fez tanto barulho: Sweet Home.

Lançado para o Nintendinho em 1989, Sweet Home é baseado no filme homônimo sobre um grupo de documentaristas que se aventura em uma mansão assombrada.

Apesar de ser um RPG, Sweet Home tem várias semelhanças com o Resident Evil que passamos a conhecer, como recursos escassos, diários espalhados pelo mapa que ajudam a solucionar o quebra-cabeça da trama, e o ambiente da mansão cheio de criaturas misteriosas. Até mesmo o final do jogo varia conforme o número de sobreviventes, assim como em Resi 1.

Apresentação e design alinhados

Resident Evil Director's Chris Redfield

Da mesma forma que um filme de terror não é eficiente sem a construção meticulosa do suspense, um jogo de terror exige que o medo seja transmitido através da interatividade.

Tendo esse compromisso em mente, os designers tomaram decisões que em qualquer outro gênero seriam consideradas falhas, mas que aqui trabalham para nos mergulhar em um cenário amedrontador e sufocante.

O controle de tanque não é nada prático numa situação de luta pela vida.

O movimento é sempre relativo à posição do personagem, com marcha ré e tudo, como se fosse tanque de guerra mesmo. Há a justificativa da câmera, permitindo alternar os ângulos fixos sem sacrificar a fluidez do movimento. Mas a intenção real é nos arrancar da zona de conforto à força.

Além disso, os ângulos não mostram toda a ação naquele momento, sendo bem comum receber um ataque 100% imprevisível. O cuidado ao contornar cantos e explorar novos cômodos da casa precisa ser dobrado.

Apesar do conceito nada piedoso, é inegável que as escolhas acima aumentam a tensão da aventura, acompanhadas ainda por um labirinto complexo, por uma história intrigante e pelo ótimo audiovisual, que nos transporta para esse mundo sombrio em cada detalhe.

Feito e refeito

Resident Evil Director's 03

Resident Evil teve vários relançamentos ao longo dos anos, o mais notável deles sendo o espetacular REmake de 2002, que na maioria dos aspectos superou o original.

Mas sem contar a reimaginação completa do jogo, a versão ideal do Resi precursor foi a Director’s Cut para PS1, que inclui um novo nível de dificuldade ainda mais brutal, com itens e inimigos redistribuídos pelo mapa.

Director’s Cut é melhor até que a versão seguinte, a Dual Shock, que tem uma das trilhas sonoras mais incompatíveis com um survival horror e que faz do re-relançamento um dos Top 9 piores Resident Evil. Se quiser machucar seus ouvidos, procure lá no YouTube uma amostra dessa catástrofe.

Outra variante que merece destaque é a do Nintendo DS, intitulada Deadly Silence, que mostra o mapa e a condição física dos personagens o tempo todo na segunda tela e apresenta novos puzzles envolvendo as funções exclusivas do portátil.

Terror duradouro

Resident Evil Director's 04

O ambiente da mansão Spencer e o desafio fazem de Resident Evil uma experiência satisfatória até hoje – em particular a versão Director’s Cut –, contando também com um toque não-intencional de humor nos diálogos e a apresentação que se tornou a ‘cara’ daquela era poligonal.

Os modelos 3D em fundos pré-renderizados disfarçam bem as fraquezas da tecnologia da época, bem como as portas animadas que mascaram o loading em cada sala.

O primeiro jogo da série ainda tem atrativos suficientes para se sustentar, figurando facilmente entre os melhores jogos de Resident Evil já produzidos.

E aí, qual a sua opinião sobre o Resi original? Ficou traumatizado com a introdução do primeiro zumbi, virando devagarinho a cabeça? Nós ficamos, tanto que esse mini pesadelo aí entrou no nosso Top 9 cenas de Resident Evil sem nem pensar.

Até mais!

Top 9 Armas de Resident Evil

Armas de Resident Evil

Pra aniquilar um exército zumbi, só mesmo com um arsenal à disposição! Bem-vindos ao nosso Especial Resident Evil, celebrando o melhor da revolucionária franquia survival horror até o lançamento de Resident Evil Village.

Neste Top 9, vamos ranquear algumas das principais armas que já passaram pelas mãos de Chris, Jill e o resto do povo. Pistolas, espingardas, lança-foguetes e até ovos podres (hein?) fazem parte da seleção letal da série.
As armas a seguir não são necessariamente as mais potentes, mas as de maior destaque.

Nossos critérios são a satisfação ao usar a arma (impacto, feedback e dano) e sua relevância no jogo. Também vamos variar os tipos de armas, sem repetir a mesma categoria.

Melhores armas de Resident Evil

Resident Evil não seria tão divertido se as armas não fossem interessantes, e nesse sentido, até os jogos mais fraquinhos da série merecem elogios, preocupando-se com o realismo de armas conhecidas na vida real e com o valor de entretenimento das que foram criadas especificamente para o universo Resi.

Bora?

Importante: este artigo contém spoilers.

9. Rocket Launcher (vários)

Rocket Launcher de Resident Evil

As icônicas contagens regressivas no final de cada Resident Evil têm um protagonista em comum: o lança-foguetes. Um tiro desse troço possui força suficiente pra exterminar a última ameaça da missão de vez.

A série costuma oferecer um Rocket Launcher infinito como recompensa se o jogo for zerado em tempo recorde. Convenhamos, se a gente consegue chegar no fim rápido assim, o lança-foguetes nem é mais uma coisa tão necessária. Dito isso, passear pelo mapa com um canhão portátil e ilimitado é quase uma terapia.

8. Handcannon (Resident Evil 4)

Handcannon de Resident Evil 4

Várias Magnum merecem um espaço na lista, do Revolver original à refinada Lightning Hawk. Desde o primeiro jogo da série, a Magnum é sempre a arma que procuramos racionar ao máximo visando confrontos mais intensos.

A Handcannon de Resident Evil 4 vale a menção especial por ser o prêmio de uma conquista dificílima: o domínio do modo Mercenaries.

A arma é integrada à campanha principal com sua própria munição (reconhece o Z?) e o maior poder de fogo do jogo excluindo o Rocket Launcher.

7. TMP (Resident Evil 4)

TMP de Resident Evil 4

Uma das armas mais versáteis em Resi 4, a TMP é uma metralhadora altamente customizável e disponível já no começo da missão de Leon.

A TMP tem excelente custo-benefício, sendo capaz de ‘preparar’ o inimigo para golpes de contexto com apenas uma bala. A arma ainda pode ter seu valor de dano e recuo melhorados significantemente através de upgrades.

Outras machine-guns fazem papel parecido, mas nenhuma com o mesmo efeito e tão cedo no jogo.

6. Flash Grenade (vários)

Flash Grenade de Resident Evil

As granadas são ferramentas indispensáveis nos Resi modernos, frequentemente salvando a vida do jogador em situações que parecem perdidas. Escolhemos a variante Flash como representante da categoria por sua flexibilidade.

Além de deixar os inimigos tontos por alguns instantes, a Flash Grenade gera uma chance ‘grátis’ para desferir um golpe de contexto, e também mata Plagas e seus derivados instantaneamente.

Nada mal pra uma bolota azulzinha que nem ocupa tanto espaço no inventário.

5. Survival Knife (Resident Evil moderno)

Survival Knife Resident Evil Moderno

Peraí. Trocentas armas em quase três décadas de Resident Evil e cês vão escolher justo o palito de dentes?

Sim! A Survival Knife sempre foi um último recurso nos jogos antigos da série, mas nos Resi modernos é uma aliada fundamental. A faca ajuda a acumular dano em inimigos caídos no chão, quebra barris e conserva munição em geral.

A arma é ótima em Resident Evil 4, 5, Revelations 2 e nos remakes de Resi 2, 3 e 4.

Se quiser calcular o estrago real da lâmina, pergunte ao Krauser. O chefão não lida nada bem com cortes.

4. Striker (Resident Evil 4)

Striker de Resident Evil 4

Nada mais satisfatório em videogames que chegar perto do inimigo e estourar a cachola dele com um sonoro BOOM, né?

Shotgun é outra categoria com uma porrada de armas que poderiam representar o grupo todo sem polêmica. Riot Gun, Hydra, a Shotgun customizada de Resi 2; não faltam ótimos exemplos. Mas nós decidimos pela Striker por dois motivos.

O primeiro é seu upgrade exclusivo, essencialmente um banco de munição. 100 de capacidade é bala pra caramba, e ajuda a liberar espaço na attaché case que, nesse ponto do quarto ato do jogo, já tá bem entupida.

O segundo motivo, esse mais técnico, é uma glitch chamada Ditman. Ao mirar a Striker e abrir o inventário antes que a animação de mira seja finalizada, o jogador pode trocar de armas e, ao retomar o gameplay, Leon terá sua velocidade dobrada. Correr, subir escadas, usar a faca, reload, tudo fica ridiculamente mais rápido.

O Ditman é fácil de ativar, e funciona em todas as versões de Resi 4. Claro, como toda glitch, há um pequeno risco de causar alguma bagunça em colisão de objetos ou algo do tipo, mas esse truque é seguro na imensa maioria das situações.

Tenta lá e diz pra gente nos comentários como foi!

3. Grenade Launcher (vários)

Grenade Launcher de Resident Evil

Mais uma arma conhecida por sua versatilidade. A Grenade Launcher pode carregar diversos tipos de explosivos, com incríveis seis granadas distintas em Resident Evil 5.

Rounds de fragmentos, inflamáveis, ácido, nitrogênio e até Flash; a variedade dos lança-granadas é tamanha que faz outras armas parecerem antiquadas. As criaturas em Resident Evil tipicamente possuem fraquezas por elementos, o que a nossa estreante do pódio tira de letra.

Outra vantagem nas G. Launchers é a capacidade quase ilimitada em jogos clássicos. Se Jill ou Claire encontrar 80 rounds de granadas por aí, a arma pode carregar todos os 80 de uma só vez, conservando um espaço precioso no inventário.

2. Rifle [semi-auto] (Resident Evil 4)

Rifle Semi-Auto de Resident Evil 4

Disputa acirrada entre os dois rifles de Resident Evil 4 e um ou outro em jogos sucessores. No final optamos pelo semi-auto de Resi 4, pela rapidez no reload e aquele zoom que dá pra ver até espinha nos inimigos.

Os rifles do quarto jogo também podem ser equipados com um scope térmico que detecta Plagas no corpo dos temidos Regenerators.

Rifles são essenciais na fase moderna da série. As salas geralmente são grandes, com inimigos visíveis à distância e ainda sem notar nossa presença. O Kojima sabe que Solid Snake tinha um rival na Capcom?

Menção honrosa ao Anti-Material Rifle, exclusivo a Piers em Resi 6, com alto poder de fogo e já de cara tunado com mira térmica. O único problema da arma é… bem, Resident Evil 6. Fica difícil aproveitar todas aquelas funções legais do rifle nas salas chapadas do sexto jogo.

Mas isso é um papo pro nosso Top 9 piores jogos da série.

1. STI Eagle 6.0 (Resident Evil 3: Nemesis)

STI Eagle 6.0 de Resident Evil 3: Nemesis

Em Resident Evil 3, o jogador tem o tempo todo uma escolha nítida entre encarar Nemesis ou fugir. A STI Eagle 6.0 é uma das recompensas por ficar e lutar.

E que recompensa! A Eagle 6.0 atira muito mais rápido que a Samurai Edge e tem chance consideravelmente alta de dano crítico. Nem mesmo Nemesis aguenta uma sequência de tiros dessa belezura.

Handguns são nosso feijão com arroz na parte inicial dos jogos, até o surgimento de monstros mais resistentes. O diferencial da Eagle 6.0 é justamente sua capacidade para acompanhar Jill até o fim da aventura, como se fosse uma arma avançada.

E aí, qual seria a sua seleção de armas de Resident Evil? A Samurai Edge no lugar da Eagle, ou a Shotgun customizada de Resi 2 em vez da Striker? Comenta aí!

Quer mais Especial Resident Evil? Confira nosso Top 9 personagens da série, e uma visita nostálgica à versão do diretor do Resident Evil original.

Até mais!

Resident Evil: Clássico vs. Moderno

Resident Evil: Clássico vs. Moderno

Nosso Especial Resident Evil continua com um conflito de gerações. Quem leva a melhor: o survival horror clássico, angustiante dos primeiros jogos da série, ou o estilo mais moderno introduzido em Resident Evil 4?

Neste duelo, serão examinadas as categorias:

  1. Mecânica: as principais interações entre jogador e jogo
  2. Estrutura: o ‘esqueleto’ do game
  3. História: cenário, trama e personagens
  4. Desafio
  5. Terror: qual estilo dá mais medo?
  6. Conclusão

Ao final de cada categoria será declarado um vencedor, e na conclusão teremos um campeão.

As várias mudanças de rumo de Resident Evil são controversas, e por muitas vezes escancaram a necessidade da Capcom de aproveitar a força da franquia de qualquer jeito. Já tivemos Resident Evil em formato rail shooter, arena multiplayer e até mesmo VR.

Neste confronto especificamente, vamos priorizar os lançamentos que cobrem a história principal. Jogos como Resident Evil 2 Remake já fazem bem a ponte entre Resi clássico e moderno, mas a ideia aqui é analisar o extremo de cada estilo.

Aviso importante: este artigo contém spoilers de toda a série!

1. Mecânica

Mecânica do Resident Evil Clássico vs. Moderno

Ponto pro estilo moderno. O gameplay clássico é excelente, mas é todo integrado ao layout do mapa e à distribuição de itens. O combate em si é básico, e o controle ‘tanque’ é notoriamente impiedoso. Tudo de propósito, claro; o terror dos Resi antigos não teria aquele impacto se os heróis fossem descendentes do Rambo.

Os jogos recentes oferecem mais opções e estratégia. A ordem do dia é sobreviver com habilidade: destreza e uma boa mira são imprescindíveis para o sucesso aqui. Ao contrário do design anterior, que só permitia apontar a arma para cima ou para baixo, nos jogos modernos temos total liberdade de mira.

Resident Evil 4 introduziu um loop de gameplay viciante com o sistema de golpes por contexto. Atirar na cabeça, chegar perto, Kick! As interações entre jogador, inimigos e obstáculos são inúmeras, e dão ao estilo moderno um valor de rejogabilidade que nem sonhávamos na fase inicial da série.

Vencedor: Moderno

2. Estrutura

Estrutura do Resident Evil Clássico vs. Moderno

Os Resi clássicos são estruturados como labirintos, com um mapa complexo e solucionado progressivamente. Chaves, armas e outros recursos podem ser encontrados, espalhados por esse perigoso recinto, em quantidade escassa. Até mesmo a função save requer um tipo de item consumível, o famoso Ink Ribbon.

De tanto andar pra lá e pra cá, a gente passa a conhecer todos os atalhos do ambiente. Ainda bem, pois os inimigos são implacáveis.

os jogos modernos apostam em uma abordagem mais direta, voltada para a ação, com fases lineares em sua maioria. A busca por chaves fica em segundo plano, enquanto a tática de combate e a distribuição de upgrades pulam para o banco da frente.

Talvez essa seja a comparação mais injusta da lista, já que os dois estilos fazem seu trabalho de maneira exemplar.

Vencedor: Empate

3. História

História do Resident Evil Clássico vs. Moderno

A história em Resident Evil é divertida, mas a trama passou anos se apoiando na solução fácil de ampliar a escala do desastre a cada jogo, como apontamos em nosso Top 9 jogos de Resident Evil.

O vírus novo é mais devastador; o novo antagonista é mais malvado e ri mais ainda (já perceberam isso em Code: Veronica? Os três vilões do jogo têm a mesma risada!); o acidente se transforma em epidemia, que se torna pandemia global. Passa um pouco a impressão de que os roteiristas estão com preguiça de pensar.

Dito isso, a história teve seus melhores momentos no começo da série, quando ainda gerava um fascínio pela escala do vírus. Ver aquela cidade inteira sendo tomada por zumbis e criaturas horripilantes, com uma conspiração ao fundo que envolve polícia e agentes secretos, era um barato.

E a decisão de erradicar o vírus com uma bomba nuclear foi de cortar o coração, aumentando o nosso anseio por aniquilar esses malditos da Umbrella de uma vez por todas.

Por mais que a fase moderna tenha mostrado avanços interessantes, como a transformação de Wesker que o levou ao Top 9 personagens de Resident Evil, o ato mais empolgante da narrativa foi o primeiro.

Vencedor: Clássico

4. Desafio

Desafio do Resident Evil Clássico vs. Moderno

Os dois estilos incentivam o jogador a percorrer um caminho até o domínio completo do design, de maneira gradual e inteligente, através da familiarização com os conceitos do jogo e da experimentação controlada.

A dificuldade nos Resi antigos gira em torno da administração de recursos. O jogo não é piedoso com displicência ou falta de planejamento; é preciso pensar em cada passo e em suas consequências, mesmo se a distância percorrida for curta.

Nos Resi atuais, geralmente, não há necessidade de conservar munição ou de organizar uma rota segura. Mas os inimigos são mais numerosos, com um leque maior de habilidades, e o combate exige que o jogador estude padrões de movimento e descubra oportunidades para contra-atacar. A dinâmica moderna é mais ou menos alinhada ao gênero Stylish Action.

O desafio é bem feito quando a recompensa é proporcional ao risco, e neste caso, o esforço dos dois estilos é excepcional. Há uma experiência gratificante em ambos os tipos de Resident Evil, seja terror metódico, seja frenético.

Vencedor: Empate

5. Terror

Terror do Resident Evil Clássico vs. Moderno

A categoria mais importante! Estamos falando de uma franquia de terror, afinal de contas. E não tem como tirar essa vitória do Resident Evil clássico.

Sim, a série moderna teve seus sustos brilhantes, alguns deles até entrando no nosso Top 9, mas a construção da atmosfera e do suspense é muito mais sutil e impactante nos jogos antigos. Aquela sensação que mistura angústia e curiosidade ao explorar um ambiente hostil é executada de forma impecável em Resident Evil 1, 2, 3 e especialmente no primeiro REmake.

Não leve a mal, a tensão nos títulos pós-Resi 4 é coerente em sua proposta. Um doido nos perseguindo com uma serra elétrica, no meio de uma muvuca de zumb—desculpa, Ganados—, é uma situação de adrenalina pura, e há ali o constante risco de termos a cabeça decepada em um mísero golpe.

Ainda assim, é um risco menos relacionado ao terror do ambiente, cuidadosamente elaborado através do cenário e da apresentação, e mais relacionado ao gameplay imediato naquela etapa do jogo.

Vencedor: Clássico

6. Conclusão

Conclusão Resident Evil Clássico vs. Moderno

Apesar de todos os aprimoramentos mecânicos e toda a influência que o estilo moderno trouxe para a indústria, a gente acaba identificando Resident Evil mais com o terror, não tem jeito.

A série praticamente definiu o gênero survival horror como o conhecemos, e até hoje os jogos clássicos oferecem uma viagem inesquecível pelo universo do medo.

Que bom que Resident Evil 7 e o remake de Resi 2 se esforçaram tanto para mesclar os designs novo e antigo. Será que Village continua essa fórmula?

Vencedor: Clássico

E você, tem uma preferência entre as duas escolas de terror? Manda aí nos comentários!

Até mais!

Top 9 Sustos de Resident Evil

Maiores Sustos em Resident Evil

Preparados para mais uma viagem pelo mundo dos mortos-vivos? Bem-vindos ao nosso Especial Resident Evil, que celebra personagens, jogos e tudo sobre os maiores inovadores do survival horror, por todo o mês de abril – e um cadim de maio – até o lançamento de Resident Evil Village.

No artigo de hoje, vamos relembrar alguns dos instantes mais medonhos da série. Tem janela quebrada, tem criaturas aterrorizantes e tem muito som alto que toca em meio segundo, rapidinho, só pra provocar calafrios na galera.

Maiores sustos de Resident Evil

Nossa lista tem maioria absoluta de representantes dos jogos clássicos, o que não deve ser grande surpresa para os fãs. Os Resi antigos são apreciados não só pela experiência de gameplay, mas também pelo ritmo cuidadoso que culmina em momentos como os seguintes.

Ah, e fica o aviso: este artigo contém spoilers.

9. Mãos (Resident Evil 2)

Mãos (Resident Evil 2)

Resident Evil 2 não perde tempo pra iniciar sua maratona de sustos. Leon e Claire ainda estão se familiarizando com o mapa da delegacia, quando…

CREDO! Uma fileira de mãos se espalha pelas janelas de um dos corredores. Que agonia passar ali com aquele monte de mãos tentando agarrar o personagem, mesmo o espaço sendo mais que suficiente. Bravo, Kamiya-san.

Um detalhe bacana sobre essa sequência é que o modelo dos braços ‘sem manga’ foi criado exclusivamente pra esse susto. Não são partes de nenhum zumbi que enfrentamos no jogo.

8. Passou do ponto (Resident Evil 4)

Susto em Resident Evil 4

O Ganado conhecido como Oven Man – ou Homem Forno – é lembrado até hoje por sua pequena, mas marcante ponta em Resident Evil 4. Em um segmento estranhamente calmo no ato final, Leon explora o que algum dia já foi uma cozinha. Eis que…

AAAH! Um cara pegando fogo sai de dentro de um forno e corre desesperado em direção ao protagonista.

Oven Man é eficiente também por estarmos completamente desacostumados a sustos em quase todo o jogo.

Resident Evil 4 nem tenta disfarçar seu foco na ação, e instantes como esse acabam surpreendendo mais que qualquer perigo de gameplay até ali – ao menos no contexto do terror.

7. O silêncio da inocente (REmake)

Susto em REmake

O trágico destino de Lisa Trevor deu origem a uma das revelações mais apavorantes da série.

Jill e Chris encontram a saída no fundo da mansão e percorrem o único caminho disponível até uma pequena cabana. Lá, os protagonistas se deparam com sinais recentes de atividade, como uma fogueira acesa, até que são surpreendidos com uma pancada na cabeça.

Quando acordam…

AAAH! Que diacho é aquilo? Uma criatura algemada, vestida com uma máscara humana, talvez duas? E seria aquilo uma máscara mesmo, ou…?

Tá doido. Acho que eu vou tirar uma folga desse artigo e jogar Mario ou Kirby um pouco.

6. Gato Mia (Resident Evil 7)

Escada em Resident Evil 7

Na escala de terror, pode-se dizer que Resident Evil 7 atingiu seu ápice no começo da história.

A casinha introdutória ainda carregava um ar de mistério mais voltado ao sobrenatural, meio Bruxa de Blair, como apontamos em nosso Top 9 jogos de Resident Evil. Apesar da boa execução de Resi 7 em outros aspectos, essa aura foi se desmanchando no decorrer da experiência.

Uma pena, porque aquela sequência de possessão e repossessão de Mia poderia facinho preencher todo este Top 9.

Mas se for pra escolher um só, vamos com o instante em que Ethan resolve descer a escada para o porão e, de repente, não temos controle sobre o personagem. É então que…

AAAH! Mia surge engatinhando pela escada, feito espírito de filme de terror japonês. E se essa visão não era suficiente, Mia ainda completa a cicatriz emocional pulando na nossa cara.

Não, obrigado.

5. Cuidado! Cão bravo (Resident Evil)

Cachorro Resident Evil

Os doguinhos já foram retratados como terríveis ameaças na abertura do Resident Evil original – Joseph 🙁 –, e até por consequência daquela apresentação sangrenta, o clássico susto do corredor tem um efeito ainda maior.

Jill e Chris exploram o lado leste da mansão, até que…

CRASH! Um cachorro quebra a janela e pula pra dentro do casarão. A música intensa ‘não ajuda’ e só faz a gente querer chispar dali o mais rápido possível.

4. Janela indiscreta (Resident Evil 3: Nemesis)

Janela Resident Evil 3: Nemesis

O apelido oficial de Nemesis é Pursuer, ou Perseguidor, e o monstro faz jus à alcunha. Ainda no começo de Resident Evil 3, Jill faz uma visita ao RPD para – é claro – pegar seu querido kit desbloqueio. No caminho de volta, descendo as escadas rumo à saída…

CRASH! Nemesis pula pela janela pra dentro da delegacia.

A aparição anterior de Nemmy – descanse em paz, Brad – já havia nos deixado tensos, e esse susto é a cereja do bolo que dita o tom para o resto da aventura.

Muitas outras surpresas sucederam aquela, mas a janela merece destaque por ser o baque original.

3. Espelho, espelho meu (Resident Evil 2)

Claire na Frente do Espelho em Resident Evil 2

Deve dar um belo nervoso encarar aqueles espelhos falsos de delegacia sem saber quem tá lá espiando do outro lado. E Resident Evil 2 criou uma sacada legal com isso.

Na sala de interrogatório, aparentemente vazia, Leon e Claire encontram um dos itens-chave para a resolução do labirinto e um ou outro suprimento. Missão cumprida, agora é sair e…

CRASH! Um Licker pula pelo espelho falso pra dentro da sala.

Se é que você não tacou o controle pro alto no susto, ainda tem que encarar o bicho (ou disparar dali feito Usain Bolt).

2. Portas? Quem precisa de portas? (Resident Evil 2)

Mr. X Quebra a Parede em Resident Evil 2

Era só a repetição de um puzzle que já havíamos solucionado no cenário anterior. Acende o troço ali com o isqueiro, gira as três maçanetas na ordem e pronto, só ir buscar a engrenagem no outro lado da sala. E então…

BOOM! Mr. X literalmente atravessa a parede.

O susto é ótimo pela manipulação calculadíssima das expectativas do jogador, que muito provavelmente tava ali só no piloto automático tentando seguir uma parte do jogo que julgava ser a mesma de antes.

Mas ufa, pelo menos agora o pior já passou. Né?

1. Desmaio duplo (Resident Evil 2)

Mr. X Resident Evil 2 Remake

Tá mais acalmado o coração depois do susto anterior? Já dá pra respirar um pouco? Bora sair dessa sala horrível, então. Agora voltando a pensar nas próximas tarefas, passando em volta da sala pelo corredor, e…

BOOM! Mr. X atravessa a parede mais uma vez.

Esse susto é genial demais pelo momento em que ocorre. A gente tá tão vulnerável e traumatizado com aquele estouro de concreto que nossa mente nem chega a cogitar uma reprise no minuto seguinte. E é justamente isso que acontece.

O susto duplo seria um recurso manjado se fosse abusado o tempo todo, mas como acontece só essa vez – bem, essas duas vezes –, o impacto é certeiro, e o momento é um dos mais memoráveis de toda a série.

Malditos designers sádicos.

E aí, algum susto importante ficou de fora? O primeiro zumbi, talvez, pela importância na série, mas preferimos deixá-lo para nosso Top 9 cenas de Resident Evil. E os Regenerators de Resi 4?

Acho que vamos ter que fazer uma sequência desse artigo, por mais que ela nos faça cutucar essas feridas horríveis de novo.

(Eba!)

Até mais!

Top 9 Personagens de Resident Evil

Melhores Personagens de Resident Evil - Albert Wesker

De 1996 até hoje, passaram tantos personagens únicos pelo universo Resident Evil que a gente ficou meio na dúvida sobre o ranking quase até o momento da publicação.

O elenco dos mestres do survival horror é variado, com heróis e vilões que já chegaram a se tornar favoritos do público antes mesmo do lançamento dos jogos – como Lady Dimitrescu agora em Resident Evil Village.

Resident Evil conta ainda com o privilégio de ter cinco ou seis personagens principais, revezando seus protagonistas com frequência e oferecendo a todos a oportunidade de se desenvolver no estrelato do terror.

Ah, aviso importante: este artigo contém spoilers.

Melhores personagens de Resident Evil

Nossa lista possui representantes de quase todos os jogos principais da série. Venha conosco relembrar Chris, Jill, Leon e o resto da turma caçadora de armas biológicas!

9. Hunk

Hunk

Hunk é um sobrevivente profissional. Não se sabe muito sobre o agente do Serviço Secreto da Umbrella, mas o mistério só reforça seu status de lenda. Hunk ganhou o apelido Sr. Morte graças à sua eficiência e sorte em situações de risco, como o sangrento confronto com William Birkin que resultou na disseminação do vírus pelos esgotos de Raccoon City.

Apesar do pouco espaço nas histórias, Hunk apareceu em diversos jogos da série, incluindo seu memorável mini-cenário The 4th Survivor e o modo Mercenaries em Resident Evil 4, que estabeleceu o neckbreaker como sua assinatura no combate.

8. Nemesis

Nemesis

S.T.A.A.A.A.R.S.!

O Groot dos games só precisou de uma participação para se tornar o vilão mais aterrorizante da série. Esta versão avançada do Tyrant, originada em um projeto que visava aprimorar a inteligência das armas biológicas, foi tão imediatamente impactante que já teve o seu nome eternizado no título do jogo.

O bicho é tipo o Freddy Krueger, dá um medo só de existir em nossa consciência. E a gente passa o jogo todo esperando sua próxima aparição, que com certeza virá com um daqueles sustos que levam o coração até o céu da boca.

Pobre Brad…

7. Ada Wong

Ada Wong

A enigmática agente dupla surgiu tecnicamente já no primeiro jogo, com uma pequena referência a seu nome em uma das senhas no laboratório.

Desde então, Ada teve participações importantes em Resident Evil 2, 4 e 6, além do remake de Resi 2, comandando sua própria campanha no quarto e no sexto jogo.

Retratada como a femme fatale da série, Ada sempre passa a impressão de ter intenções ocultas e de estar muito mais informada que os protagonistas, trabalhando pelas sombras e observando a ação à distância na maior parte do tempo. Mas a agente também chegou a demonstrar um outro lado mais humano, em especial nas suas interações com Leon.

(Em tempo: quem é que coloca só o primeiro nome de um conhecido como password? Três letras, ainda! Onde tavam os bots insultando a força da senha do moço?)

6. Barry Burton

Barry Burton

Ah, sim! Barba Burton, o especialista em armas do S.T.A.R.S., viveu um pesadelo ao ter sua família ameaçada por Wesker no jogo inaugural e se ver obrigado a colaborar com o vilão. Arrependido, Barry se redimiu e ajudou Jill a desmascarar Wesker no fim. E depois mais uma vez ao resgatá-la em Raccoon City, momentos antes da explosão nuclear que dizimou a cidade. Ufa!

Em sua última aparição até aqui, Barry viajou para Sejm Island em busca de Moira, sua filha e uma das heroínas de Revelations 2.

E como mencionamos em nosso Top 9 Jogos de Resident Evil, só as falas de Barry já o colocariam entre os personagens mais sensacionais da franquia, né? Jill deve agradecer o amigo até hoje por tê-la presenteado com uma arma “bem poderosa, especialmente contra coisas vivas”. Perfeito.

5. Albert Wesker

Albert Wesker

Se Nemesis foi o monstro mais aterrorizante da série, Albert Wesker fez o mesmo papel na esfera dos humanos. Bem, se é que já existiu algum traço de humanidade ali.

Apresentado como líder dos S.T.A.R.S. em Resident Evil 1, Wesker teve seus planos descobertos e acabou sofrendo uma transformação bastante curiosa do primeiro ao (seu) último jogo.

O vilão foi infectado por um vírus que deu a ele poderes sobrenaturais, tornando-o praticamente um personagem de Matrix. Na minha opinião, uma decisão acertada que o fez destoar de outros malvadões mais clichês da série.

A caracterização de Wesker em Resident Evil 5 – e outros cameos como Marvel vs. Capcom 3 – virou sua marca própria, com o sobretudo preto, óculos, os movimentos impossivelmente rápidos e a atuação de voz distinta de D.C. Douglas.

4. Leon S. Kennedy

Leon S. Kennedy

Leon estreou em Resident Evil 2 com a inocência e o nervosismo de um jovem no início da carreira, lidou bem com o caos que foi obrigado a encarar, e eventualmente evoluiu para veterano que não perde a piada.

Apesar do tom questionável da história em Resi 4, a personalidade leve e simpática de Leon ajuda o jogador a se identificar com o protagonista e destaca o personagem em meio a um mar de heróis com impulsos parecidos até então.

3. Claire Redfield

Claire Redfield

Dá pra notar um padrão na trajetória de Claire: a heroína cuidou de Sherry em Resi 2, foi meio babá de Steve e ajudou Rodrigo em Code: Veronica, e esteve ao lado de Moira durante Revelations 2. Isso sem contar sua incansável busca pelo irmão, que durou dois jogos inteiros.

A ternura é a sua principal qualidade, algo que Claire compartilha sem deixar que passem por cima dela. E ela manja da ação também. Quem é maluco de encarar uma biker furiosa com um lança-granadas na mão?

2. Chris Redfield

Chris Redfield

O protagonista que mostrou mais vulnerabilidade na série até agora foi Chris Redfield. Seu carinho por Jill e a dor de vê-la ‘enfeitiçada’ por Wesker foram tocantes em Resi 5, bem como a luta contra o alcoolismo no sexto jogo.

Chris sempre manteve uma postura séria, ao contrário de outros heróis mais brincalhões. A determinação e a consideração por amigos e família são os traços mais notáveis de sua personalidade.

Vamos ver como o Homem-Soco se sai em Village. Pelos trailers, parece que Chris vai ter um destaque considerável na nova sequência.

1. Jill Valentine

Jill Valentine

Jill é uma estrela forte desde a sua estreia no primeiro Resident Evil. Tem inteligência, coragem e jogo de cintura para encarar qualquer situação – as Live Selections em Resi 3 refletem muito sua personalidade –, e pelamor, né, a mulher destruiu Nemesis sozinha.

Mesmo o novo Resident Evil 3, que não foi um grande sucesso como remake, trabalhou bem os traços de Jill como uma líder firme, que não leva desaforos e ao mesmo tempo tem sensibilidade e discernimento sobre as pessoas ao seu redor.

A Mestre do Desbloqueio é a cara da série, e uma das personagens mais icônicas de qualquer jogo. Fica a torcida pra uma apariçãozinha que seja em Resident Evil Village!

Deixamos de fora muita gente boa (e má) como Rebecca, Piers, Krauser, William e Annette Birkin. Quem sabe vem uma continuação dessa lista por aí!

Quer mais invasão zumbi? Confira nosso Top 9 Sustos na Série Resident Evil, ou a disputa entre os estilos de Resident Evil Clássico vs. Moderno.
Até mais!

Top 9 Jogos de Resident Evil

Durante todo o mês de abril, vamos alimentar ainda mais a ansiedade por Resident Evil Village com uma série especial sobre a franquia de terror mais querida do mundo dos games.

Serão vários artigos distribuídos entre (quase) todas as seções do site. Começando, é claro, pelo ranking de melhores jogos! Será que o seu favorito entrou na lista?

Vamos lá!

Melhores jogos de Resident Evil

Resident Evil mudou algumas vezes a sua filosofia de design, do terror metódico à ação desenfreada, mas a despeito dessa inconsistência temática, a maioria dos jogos foi executada de forma sólida, e há exemplos admiráveis em cada uma dessas ideologias.

9. Resident Evil 7: Biohazard (2017)

Resident Evil 7: Biohazard (2017)

Resident Evil 7 foi o primeiro jogo da série a se aventurar no gênero ‘família de cidadezinha do interior que esconde segredos perturbadores’. A influência maior certamente foi O Massacre da Serra Elétrica, ainda com uma pitada de terror estilo found footage.

Situada após os eventos Michael-Bay-ísticos de Resident Evil 6, a história aqui dá um tempo na megalomania e traz uma simples casa como cenário principal – e o silêncio como cúmplice.

O protagonista é Ethan, que recebeu uma mensagem de sua namorada desaparecida há três anos. James Sunderland, é você?

A perspectiva em primeira pessoa dividiu opiniões. Já o design resgatou com qualidade a estrutura e o ritmo metódico de exploração dos jogos clássicos da série.

O pesadelo de Ethan continua em Resident Evil Village!

8. Resident Evil: Revelations 2 (2015)

Resident Evil: Revelations 2 (2015)

A sequência de Revelations consertou a maioria dos problemas do original, especialmente a insistência em missões secundárias que pouco acrescentavam à estratégia geral do jogo.

Revelations 2 também divide sua história em duas metades distintas, mas o faz de maneira orgânica, dando a mesma importância a ambas.

Claire Redfield e a novata Moira tentam escapar de uma ilha na qual foram aprisionadas, enquanto Barry, o próprio Barba Burton, investiga os passos das moças algum tempo depois, auxiliado pela pequena Natalia.

As duas histórias se encontram diversas vezes durante o jogo, surpreendendo com um arco dramático sólido e ótima caracterização dos personagens – embora Revelations 2 se renda a clichês como a filha magoada que chama o pai pelo nome.

O jogo ainda inova com o sistema de parceiros: Claire e Barry encaram os monstros da ilha com armas de fogo, enquanto as parceiras Moira e Natalia usam um pé de cabra e tijolos, respectivamente, e identificam itens escondidos pelo mapa.

E o sistema de parceiros é bem conduzido mesmo em jogos solo, ao contrário de…

7. Resident Evil 5 (2009)

Resident Evil 5 (2009)

Chris Redfield e sua nova parceira de trabalho Sheva Alomar combatem a ameaça do bioterrorismo na África. A premissa é essa, mas claro, se tratando de Resident Evil, há muitas e muitas reviravoltas pelo caminho.

Resident Evil 5 foi um dos lançamentos mais aguardados da época após o sucesso gigantesco de seu antecessor.

A grande novidade aqui é a opção para dois jogadores simultâneos. Seja online ou no mesmo sofá, o terror em Resident Evil 5 vem sempre em dobro. E quando digo sempre, é sempre mesmo.

A decisão de forçar um segundo personagem o tempo todo compromete bastante a campanha solo – algo que comentamos em nossa retrospectiva da série Dead Space.

Ser babá de inteligência artificial já não é um conceito dos mais cativantes, e Resident Evil 5 exagera na dose. Todos os recursos precisam ser divididos ‘irmanamente’ entre Chris e Sheva, e não há garantia de que o computador não vai desperdiçar sua munição ou correr em direção a uma serra elétrica.

Dito isso, a experiência co-op em Resi 5 é das mais gratificantes do gênero, e não poderíamos ignorá-la. Descobrir a história e o gameplay com um amigo estão entre as minhas memórias favoritas dos videogames.

Resident Evil 5 também se destaca até hoje como um dos jogos mais bonitos da franquia, com gráficos detalhadíssimos e efeitos de luz e sombra que fizeram jus ao batismo da série na era HD.

6. Resident Evil: Director’s Cut (1997)

Resident Evil: Director’s Cut (1997)

Estamos em 2021 – já? – e poucos jogos de terror de sobrevivência conseguiram se equiparar ao Resi original em intensidade.

A atração aqui é o desafio. Quando os entusiastas do survival horror cantam maravilhas sobre o gênero, é de jogos como Resident Evil: Director’s Cut que estão falando. Os recursos são realmente escassos, os inimigos são incansáveis – Hunters $@#%! –, e o jogador ainda precisa solucionar um labirinto no meio de todo esse tormento. É sensacional.

Resident Evil é prova de que mesmo um game ultrapassado por suas sequências na maioria dos aspectos ainda pode ter atrativos e qualidade para se sustentar.

E convenhamos, mesmo se o jogo não fosse tecnicamente excelente, os diálogos de Barry e cia. já seriam charme suficiente pra carregar a aventura sozinhos. Sanduíche de Jill!

5. Resident Evil 3: Nemesis (1999)

Resident Evil 3: Nemesis (1999)

O terceiro jogo veio rápido, no embalo do anterior. Resident Evil 3 continua a história de Jill Valentine depois dos eventos na Mansão Spencer. Presa no meio da epidemia em Raccoon City, Jill planeja a sua fuga da cidade com algumas ajudas inesperadas.

Resident Evil 3 tem Nemesis no título por um bom motivo. O monstro persegue a heroína pela aventura inteira, oferecendo dois estilos de jogo diferentes: lutar ou correr. Nemesis é veloz e resiliente, o que faz a gente nem querer chegar perto do bicho, mas as recompensas para derrubá-lo são úteis pelo resto do jogo.

É um dilema bacana com consequências reais.

E por falar em decisões, Resi 3 introduz também as Live Selections, que pausam determinadas cenas e pedem ao jogador que escolha o resultado. Tipo um Você Decide ainda mais assustador.

Finalmente, Resident Evil 3 é um jogo notavelmente mais acelerado que os anteriores. A nova habilidade de evasão de Jill, a possibilidade de fabricar sua própria munição e o layout linear da cidade deixam claro ao jogador que a direção que devemos seguir é para frente, seja desviando dos perigos ou enfrentando-os cara a cara.

4. Resident Evil 2 Remake (2019)

Resident Evil 2 Remake (2019)

A maior surpresa recente da série foi este remake de Resident Evil 2, que desde o anúncio soava como uma tentativa de cutucar um vespeiro que tava ali quietinho na dele. O resultado, no entanto, foi excepcional.

Como apontamos em nossa Análise de Resident Evil 2 Remake, o jogo faz bem a ponte entre o survival horror rígido dos Resi antigos e o gameplay flexível das sequências modernas, transformando-se em um híbrido eficiente que funcionaria até como a nova fórmula de Resident Evil daqui em diante.

Vespeiro cutucado com sucesso!

3. Resident Evil 2 (1998)

Resident Evil 2 (1998)

O ‘acidente’ nas Montanhas Arklay deu origem a uma epidemia viral que infectou a cidade inteira de Raccoon City.

Leon Kennedy, em sua estreia no trabalho como policial, e Claire Redfield, irmã do herói do primeiro jogo, unem forças para sobreviver a esse imenso caos.

Resident Evil 2 expande o universo da série com uma trama maior e mais intricada, e com o inventivo sistema de cenários, que conta duas histórias separadas do ponto de vista de cada protagonista.

No final, os dois cenários se juntam para a resolução completa. As surpresas entre um cenário e outro são tantas que a gente ficaria até amanhã aqui descrevendo todas.

O ambiente da delegacia, adaptada em um museu desativado, é a cereja do bolo, e ilustra bem a atenção aos detalhes e a criatividade dos designers ao conceberem essa trágica realidade.

2. Resident Evil 4 (2005)

Resident Evil 4 (2005)

A mudança mais drástica entre dois jogos da série aconteceu em Resident Evil 4, que trouxe Leon de volta para uma missão de resgate na Europa.

Os fãs mais exigentes criticam a nova fórmula, quase totalmente focada na ação, e de fato há mérito na reprovação. O jogo abandona aquela aura opressiva de seus antecessores, e a filosofia de design troca as decisões abrangentes típicas do terror de sobrevivência por tática de combate e gameplay reativo.

Por outro lado, Resident Evil 4 faz o que faz absurdamente bem. O jogo é umas dez vezes maior e mais complexo que os survival horror antigos, o sistema de combate é viciante – Suplex! –, e o nível de rejogabilidade aqui é incontestável. Atirar na cabeça do zumb—desculpe, Ganado, aproximar-se dele e desferir um chute é um loop de gameplay que dificilmente perde o seu valor.

Jogos como Dead Space, The Last of Us e até Vanquish nasceram das inovações de Resident Evil 4, que ainda se dá ao luxo de ser relançado para plataformas como PS4 com cacife para competir com produções mais modernas.

Resident Evil 4 pode não ser um clássico na intenção do design inicial da série, mas é com certeza um clássico dos games em geral.

1. Resident Evil (2002)

Resident Evil (2002)

O redesign de Resident Evil 1, carinhosamente apelidado REmake pela comunidade, conseguiu aprimorar todos os aspectos do jogo original, desde o belíssimo visual até a nova planta da mansão.

REmake ainda apresentou novidades inesperadas que subverteram a expectativa dos fãs, como os temidos Crimson Heads e os Defense Items.

Mais do que um remake de respeito, o nosso vencedor da lista é o template ideal do survival horror. O desafio é equilibrado, os sustos e a atmosfera são cuidadosamente conduzidos e o roteiro se leva um pouco mais a sério.

Além disso, o labirinto da mansão atinge o ponto certo entre a sensação constante de medo e o ritmo de desenvolvimento da aventura, conferindo ao jogador um poder de decisão importante sem sacrificar o terror ou a estratégia.

Os atalhos, a porta que quebra depois de alguns usos, a administração de querosene; o medo e o avanço da história estão conectados o tempo todo, e a gente adota os riscos do gameplay como se nossas vidas reais dependessem daquele maldito zumbi que não incineramos 20 minutos atrás.

Esse foi só o primeiro artigo do nosso Especial Resident Evil. Vem muito mais por aí! Enquanto isso, veja a retrospectiva de outra franquia especialista em sustos: Silent Hill.

Até mais!

Super Mario Land 2: Maestria em Preto e Branco

Super Mario Land 2

O primeiro Super Mario Land foi uma boa surpresa no Game Boy, trazendo suas próprias ideias para o sistema portátil ao invés de simplesmente repetir o Super Mario Bros. original. A sequência, no entanto, foi algo realmente especial.

Wario, o mais novo antagonista da franquia, lançou um feitiço nos habitantes de Mario Land com o objetivo de tomar o castelo de Mario para si (eu nem sabia que Mario tinha um castelo!). Agora, o encanador bigodudo precisa resgatar seis moedas douradas espalhadas pelo mundo para poder acessar seu castelo e pôr fim nos planos maquiavélicos de Wario.

Venha relembrar a melhor aventura de Mario em preto e branco!

Um mundo inteiro à disposição

Super Mario Land 2 01

A novidade mais patente em Super Mario Land 2 é o mapa. Ao contrário de Super Mario World, onde o jogador descobre continentes um de cada vez, o mundo em Land 2 já é todo aberto desde o início.

Não há grande valor estratégico ao priorizar tal ou tal região do mapa, já que todas precisam ser atravessadas eventualmente, mas é sempre bacana poder montar nossa própria ordem de fases.

O jogo aproveita a influência de Super Mario World para copiar o conceito de saídas secretas também, embora aqui elas sejam poucas. Há ainda um casino onde Mario pode apostar moedas e ganhar power-ups ou vidas extras.

Dificuldade 99% inexistente

Super Mario Land 2 02

Talvez por conta dessa estrutura aberta de Land 2, que permite que qualquer região seja a primeira, as fases são bem fáceis.

A única exceção é justamente a última fase do jogo, o castelo de Wario, cujo desafio escala de forma repentina e um pouco exagerada. É uma fase divertida, mas passa a impressão de que seria melhor ter distribuído a dificuldade pelo mundo e preparado o jogador mais naturalmente para a fortaleza final.

Dieta à base de cenoura

Super Mario com Orelhas de Coelho - Super Mario Land 2

Mario abandonou as roupas de guaxinim, sapo e urso vestidas em Super Mario Bros. 3 por um novo look de coelho. O item possibilita flutuar quase sem perder altitude, e várias fases do jogo contam com rotas alternativas que se beneficiam das orelhonas.

A clássica Fire Flower também volta, agora com uma peninha no chapéu de Mario que identifica o poder na realidade monocromática.

Charme ampliado

Super Mario Land 2 04

A ação no Super Mario Land original foi toda pensada para caber na mini tela do Game Boy sem afetar a jogabilidade, mas com isso a qualidade visual precisou ser sacrificada. Os sprites eram pequenininhos, e o layout das plataformas era tão apertado que as fases não tinham oportunidade para respirar.

Super Mario Land 2 optou por fazer o caminho inverso: trocou a objetividade pela criatividade. O zoom na tela é notável; não se enxerga muita coisa em volta de Mario, o que pode atrapalhar a reação do jogador em algumas situações. Mas o desafio é tão baixo que isso não chega a ser um problema grave.

E a vantagem do zoom, nesse caso, é poder mostrar sprites grandes e detalhados, além de cenários cheios de personalidade. As regiões do mapa variam de florestas ao espaço sideral, passando ainda por uma fábrica de brinquedos e dentro do estômago de uma baleia.

O design das fases reflete cada região com elegância: a gravidade nas áreas espaciais é menor, enquanto na floresta as folhas caem e podem ser usadas como plataformas.

A trilha sonora, por sua vez, captura bem os motes daquele universo com versões alternativas do tema principal, como valsa e cha-cha-chá.

Diversão menor? Que nada

Super Mario Land 2 05

Não é tarefa simples se destacar em um sistema claramente mais fraco que os principais, mas Super Mario Land 2 conseguiu. A sensação de liberdade que o jogo oferece é rara no gênero, com diversas possibilidades de rota, fases criativas e variadas e jogabilidade exemplar.

Super Mario Land 2 não ficou entre os nossos Top 9 jogos da série Mario, mas chegou perto. Ainda assim, sempre será uma das aventuras mais únicas do Bigode.

E você, tem um Mario preferido para os portáteis da Nintendo? Acho que o meu é esse mesmo. Manda aí nos comentários!

Até mais!

O Erro Fatal de Mortal Kombat

Mortal Kombat foi um sucesso estrondoso e inevitável. Lançado em meio a protestos de famílias cada vez mais preocupadas com conteúdo impróprio nos games, MK conseguiu fazer o mundo se adaptar à sua revolução e foi, ainda, o único jogo de luta que bateu de frente em popularidade com Street Fighter na época.

Nosso artigo de hoje é sobre uma edição específica do jogo, que removeu praticamente tudo que faz de Mortal Kombat, bem, Mortal Kombat: a versão para Super Nintendo.

Vamos relembrar?

O torneio menos sangrento do mundo

Mortal Kombat 1

A Nintendo, já conhecida pela rígida política anti-violência em seus consoles, não pensou nem meia vez: cortou todos os gráficos sangrentos de Mortal Kombat no Super NES e modificou cenas que escancaravam a violência.

Uma das alterações mais engraçadas foi no impacto dos golpes comuns, que tiveram o sangue transformado em… suor. Eu é que não quero levar um chute na boca pra confirmar se só sai água mesmo, mas imagino que não.

E os Fatalities, maior símbolo da franquia, foram completamente arruinados. A finalização de Kano, que arranca o coração do oponente com a mão, foi trocada por uma espécie de empurrão no peito.

O pior é que a animação é idêntica à original, deixando o resultado totalmente sem nexo aqui. Johnny Cage, ao invés de decapitar o inimigo com um uppercut como nos Arcades, prefere só encostar o pé na barriga do coitado. Nunca pensei que eu fosse dizer isso, mas nesse contexto, ser decapitado seria uma morte mais digna.

Nem mesmo o nome Fatality sobreviveu à censura, substituído por um sem graça ‘Finishing Bonus’.

Competição violenta

Mortal Kombat 2

As coisas ficaram ainda mais feias para a Nintendo: sua concorrente direta, a Sega, lançou Mortal Kombat para Mega Drive com um código secreto que libera a violência exatamente como nos Arcades.

A versão da Sega alavancou as vendas do seu console e estabeleceu a Nintendo como a competidora menos ‘madura’ entre as principais, uma fama que a Big N carrega até hoje, de certa forma.

Um pacote medíocre

Mortal Kombat 3

Por mais gigante que Mortal Kombat seja na indústria, e por mais aprimoradas que sejam suas sequências – Mortal Kombat 2, Ultimate MK3 e o reboot da NeatherRealm são ótimos –, convenhamos que o jogo inaugural nunca foi uma obra-prima, nem mesmo nos Arcades.

A profundidade do combate é quase zero, resumida a diferenças mínimas de tamanho nos sprites dos personagens e aos golpes especiais.

Se as pessoas jogavam Mortal Kombat mais pelo choque do tema do que pela complexidade mecânica, a tradução do Super Nintendo acabou não oferecendo absolutamente nada aos fãs.

Mortal Kombat e controvérsia sempre andaram de mãos dadas, mas a polêmica no Super NES foi uma questão de fidelidade artística mesmo, ainda que a arte no caso seja decapitações e uma quantidade hilária de sangue voando pelas telas.

Eventualmente, a Nintendo se ligou e resolveu deixar Mortal Kombat 2 como é, o que – somado a vantagens já conhecidas sobre o Genesis, como a capacidade gráfica – tornou a versão SNES superior.

Custava?

E aí, a fim de mais porrada? Confira nosso artigo sobre a história de Street Fighter 3 ou a retrospectiva de outra série violenta: Dead Space.

Até mais!

A Evolução de Mega Man X (1993 – 2004)

Mega Man X

Depois de seis jogos bem parecidos, tava na hora de uma chacoalhada, né? Mega Man X é um dos exemplos mais notórios de evolução de uma franquia já estabelecida.

Situado cem anos após a série clássica, X revigorou a marca Mega Man com uma história intrigante, novos personagens que se tornaram tão ou mais queridos, e muita ação.

O conceito ‘joquempô’, de derrotar chefes e adquirir poderes que são fraquezas de outros chefes, continua. Somado ao famoso design pedra-papel-tesoura, Mega Man X traz mais elementos de exploração e uma ênfase maior ao desafio de reconhecer padrões inimigos do que aos pulos traiçoeiros de plataforma.

Ready?

Mega Man X (1993)

Mega Man X (1993)

Mesmo com quase trinta anos de idade, Mega Man X ainda passa a impressão de ser um jogo moderno. O design é apresentado de forma tão elegante que não há necessidade de tutoriais longos e entediantes; a mecânica é ensinada naturalmente através das fases, em especial a introdutória.

Desafiado pela inevitabilidade de um buraco fundo, o jogador pula em direção à borda da tela e percebe que pode escalar a parede. Já no fim da mesma fase, ao encarar um chefe além da nossa capacidade, o jogo nos convida a trilhar um caminho cheio de novos upgrades que tornarão X cem vezes mais avançado que seu primo do Nintendinho.

Os chefes, as armas e as fases são todos muito bem desenvolvidos, e a experiência é imperdível até hoje.

Mega Man X ainda ganhou um ótimo remake em 2006 intitulado Maverick Hunter X, para PSP. O design é essencialmente o mesmo, mas os gráficos foram reformulados e Vile foi promovido a personagem jogável, com seu estilo único de gameplay.

Mega Man X2 (1994)

Mega Man X2 (1994)

Dá pra melhorar um jogo que beira à perfeição? X2 conseguiu, sabe-se lá como. Os aprimoramentos foram sutis, é verdade, mas não deixam de ser importantes.

X inicia o jogo já com o dash, enquanto as fases e armas são mais interativas, próprias para experimentação e mobilidade. Essas inovações deixam a ordem de fases em X2 mais aberta.

X2 introduziu também a primeira quest secundária da franquia, com o trio de X-Hunters ameaçando o herói nas sombras e guardando pedaços de um certo personagem que não sobreviveu ao jogo anterior.

Mega Man X3 (1995)

Mega Man X3 (1995)

X3 fecha a trilogia 16-bit com mais upgrades, mais chefes, mais, mais, mais. Tem tanta coisa que a rota fica até um pouco cansativa se o jogador quiser pegar todos os itens.

X3 tem upgrades de armadura, upgrades para os upgrades da armadura, e – sem brincadeira – um upgrade que junta todos os upgrades dos upgrades da armadura. Eu juro que não tô zoando.

Mas sério, X3 tem conteúdo à beça, para todos os tipos de jogo, e é uma excelente conclusão para a era SNES.

Ah, e o popularíssimo Zero é finalmente jogável, mas com limitações que não o permitem ser escalado para mais de um terço de cada fase.

De qualquer forma, é um fan service válido.

Mega Man X4 (1997)

Mega Man X4 (1997)

Agora sim, a estreia oficial de Zero como co-protagonista!

X4 pode ser considerado praticamente dois jogos em um, visto que os dois heróis têm características e tons bem diferentes. Ao contrário de sua participação em X3, o Zero de X4 luta empunhando seu sabre de energia, e ganha suas próprias versões dos poderes de cada chefe. Já X segue o seu design vigente, procurando armaduras pelas fases e atirando nos inimigos com o X-Buster.

X4 é talvez a sequência mais ‘cereja no bolo’ da série. A história é contada através de cenas anime desenhadas à mão, os heróis demonstram suas personalidades até durante o gameplay – “Hu, he, ho!” –, e a arte do jogo é simplesmente de tirar o fôlego.

Mega Man Xtreme (2000)

Mega Man Xtreme (2000)

Tem um spoilerzinho do jogo aqui, só avisando.

Quem disse que X não apareceria em um sistema 8-bit? Xtreme é uma adaptação para Game Boy Color que recicla quase todo o seu conteúdo de Mega Man X1 e X2, sem sacrificar tanto assim a jogabilidade.

A novidade fica por conta dos três níveis de desafio, que funcionam quase como três jogos em sequência. Nos modos Normal e Hard, X enfrenta grupos diferentes de quatro chefes, cada um com sua fase e poderes. Ao terminar as duas dificuldades, é revelado o modo Xtreme, que junta os oito Mavericks em uma só aventura, com o final verdadeiro.

Seria compreensível o argumento de que Mega Man Xtreme poderia já começar com os oito chefes, mas talvez por se tratar de um sistema portátil, que costuma abrigar jogos mais curtos, o conceito é bem executado e a surpresa tem o seu impacto.

Mega Man X5 (2000)

Mega Man X5 (2000)

X5 nem se dá ao trabalho de disfarçar o baixo orçamento: as cenas anime foram descartadas, os efeitos gráficos são mais simples, e vários elementos de design foram reutilizados de edições anteriores.

O resultado final é um bom jogo, mas com falhas escancaradas como os discursos incansáveis de Alia.

O sistema de Parts, desnecessariamente complicado, e a contagem regressiva para um evento catastrófico são as adições mais significativas nesta sequência, que não chega a bater de frente com os quatro primeiros clássicos.

E os nomes dos chefes, hein? Axl the Red? Duff McWhalen? Agradeçam a Claire Redfield – a original, não a de Resident Evil 2 Remake –, que foi quem sugeriu ao setor de localização a ideia de juntar Mega Man e Guns N’ Roses, haha.

Mega Man Xtreme 2 (2001)

Mega Man Xtreme 2 (2001)

De novo, tem spoiler aqui.

A sequência de Xtreme, também para Game Boy Color, acerta ao incluir Zero como personagem jogável e ao introduzir a loja de upgrades.

Quando derrotados, os inimigos deixam cair Souls, a moeda do jogo, que pode ser usada para comprar upgrades. Quanto mais grana na carteira, mais itens aparecem na loja.

A estratégia está em juntar o máximo de Souls sem comprar nada – para ter itens poderosos o quanto antes – ou comprar upgrades menores e caminhar progressivamente até a forma mais soberana de X e Zero. É uma bela sacada para um jogo teoricamente tão simples.

Pecando apenas no design das fases, que insiste demais em obstáculos compressores que forçam o jogador a esperar um tempo para prosseguir, Xtreme 2 consegue se destacar até entre os jogos principais da série, contando ainda com a mesma estrutura de Xtreme dos três níveis de dificuldade que culminam em uma grande aventura contra oito Mavericks.

Mega Man X6 (2001)

Mega Man X6 (2001)

Lançado um ano depois de Mega Man X5, o sexto jogo da série principal decepcionou fãs com fases e poderes preguiçosos, dificuldade nada balanceada e uma falta de carinho com o material em termos gerais.

Segundo Keiji Inafune, o mentor da franquia, X6 nem estava nos planos da equipe de designers. Foi criado pela Capcom meio na pressa, por um lucro rápido. E isso é bem aparente, desde a apresentação até o design das fases, várias delas sem pé nem cabeça.

Para os jogadores mais hardcore, no entanto, ainda há aqui uma experiência interessante e desafiadora.

A física é a mesma que já nos acostumamos em X4 e X5, Zero continua roubando a cena, e o sistema Nightmare, mesmo confuso, traz boas recompensas como a possibilidade de equipar vários upgrades (Parts) de uma vez.

Mega Man X7 (2003)

Mega Man X7 (2003)

A passagem de X para a terceira dimensão foi o pior jogo da série.

X mal aparece em X7, sendo rebaixado a personagem secundário que… não quer lutar? Ok, X, atitude louvável, mas cê precisa entender o tanto que o jogo perde com isso.

X é substituído pelo novato Axl que, coitado, não foi presenteado com profundidade suficiente pra carregar metade da aventura.

Além de esconder a estrela da franquia, X7 arruinou a física suave e intuitiva que marcou a série até então, introduziu fases mais preguiçosas que as de X6 – a Cyber Field consegue a proeza de ser confusa e ainda machucar a vista com todo aquele azul –, e teve algumas das piores atuações de voz dos games.

X7 merece queimar até o chão! Queimar até o chão! Queimar até o chão! Se você pegou a referência, olha, eu compartilho a sua frustração.

Mega Man X: Command Mission (2004)

Mega Man X: Command Mission (2004)

X resolveu se arriscar no mundo dos RPGs, e até que não se deu mal. O sistema de batalhas e a estrutura são familiares para fãs do gênero, e claro que é bacana ver personagens da franquia Mega Man em um jogo tão distante do habitual.

No fim das contas, para o bem ou para o mal, Command Mission acaba sendo só um RPG inofensivo. Não impressiona fãs acostumados a RPGs complexos e épicos como Final Fantasy, mas também não faz nada comprometedor.

Mega Man X8 (2004)

Mega Man X8 (2004)

Depois do trauma de X7, Mega Man X8 chegou como um oásis no deserto, ainda que não seja uma obra maravilhosa.

As fases nesta aventura 2.5D não são lá muito consistentes – algumas com conceitos únicos, como o puzzle gravitacional de Primrose, outras abusando do scrolling forçado –, mas a mecânica foi ajustada desde o desastre anterior, a apresentação é mais agradável, e os três protagonistas são bem divertidos e distintos, incluindo Axl, que tem mais uma ‘cara’ aqui. E sim, três protagonistas. X voltou!

… voltou, mas parou por ali mesmo. Infelizmente, X8 foi a última parte da série que deu continuidade à história. Depois disso, a Capcom lançou o remake Maverick Hunter X e algumas coletâneas, mas cá entre nós, a galera quer mesmo ver Mega Man X9!

Tem um favorito entre os Mega Man X? Compartilhe aí! O meu é X1. Ou X2? Sempre fico na dúvida.

Veja também nossa Retrospectiva de Final Fight, outro gigante da Capcom.
Até mais!

Jogos Mais Esperados de 2021

Jogos mais Esperados 2021

Em nossa primeira Coluna, vamos falar sobre jogos promissores com lançamento marcado para 2021, mais alguns títulos já anunciados que andam meio sumidos da mídia.

2021 marca mais uma transição de gerações, com PS5 e Xbox Series X liderando a nova era, mas ainda com seus antecessores aproveitando os últimos dias de glória. Já o Switch, como de costume, aposta nas sempre consistentes propriedades da Nintendo.

Jogos mais aguardados do ano

Então bora, que o monstrinho do hype precisa ser alimentado!

1. Resident Evil Village

Resident Evil Village

Data de lançamento: 7 de maio

O oitavo jogo da série principal continua a história de Ethan depois da horripilante experiência em Resident Evil 7. Volta também a perspectiva em primeira pessoa.

Village vai resgatar elementos de design de Resident Evil 4, como o inventário attaché – Feng Shui de terror! – e um discípulo do Merchant. Isso sem contar a já memeficada Lady Dimitrescu, e o retorno do boxeador de pedras Chris Redfield.

Ah, e vai rolar Análise desse jogo! Mais ou menos nos moldes que fizemos para Resident Evil 2 Remake.

2. God of War: Ragnarok

God of War: Ragnarok

Data de lançamento: não divulgada

A sequência do maravilhoso reboot de God of War – carinhosamente apelidado ‘Dad of War’ pela comunidade – deve dar atenção extra para a mitologia nórdica, que no primeiro jogo servia mais como pano de fundo para a tocante jornada de Kratos e Atreus.

God of War (2018) deixou para trás os berros e a violência exagerada que eram marcas da franquia por uma versão contida, mas nem por isso menos amargurada de Kratos. Ao que tudo indica, Ragnarok seguirá esse novo tom.

E vai ter Análise!

3. No More Heroes 3

No More Heroes 3

Data de lançamento: 27 de agosto

Que saudade de Travis Touchdown, aquele maluco. O otaku em tempo integral e fã de yoga por uma tarde está de volta a Santa Destroy para a sua terceira grande aventura. Será que o quartinho de hotel dele ainda tá reservado?

A série No More Heroes é criação de Suda 51, conhecido por jogos ultra-estilizados como Killer 7 e Shadows of the Damned. No More Heroes não chega a figurar entre os melhores do Stylish Action, mas o combate é divertido, o visual é único e os cenários de jogo tendem a ser bem inventivos.

Difícil prever os eventos da história, mas deve envolver situações hilárias e ridículas como um chef de cozinha que ataca o protagonista com um canhão de tempurá. Se acontecer isso mesmo, você leu aqui primeiro.

4. Horizon Forbidden West

Horizon Forbidden West

Data de lançamento: segundo semestre

Horizon Zero Dawn foi uma grata surpresa na geração PS4. A agora série de RPG de ação conta com muita estratégia de sobrevivência, confecção de itens, exploração e belíssimas paisagens.

A continuação, Horizon Forbidden West, retoma a saga da caçadora Aloy em uma realidade pós-apocalíptica e dominada por máquinas.

5. Halo Infinite

Halo Infinite

Data de lançamento: segundo semestre

Master Chief chega de novo atirando em tudo quanto é alienígena mala, e é isso. Não precisa falar muito da série, né? Halo é sinônimo de pura adrenalina em primeira pessoa, e Infinite deve seguir o ritmo alucinante das cinco missões anteriores espaço afora.

Segundo a Microsoft, Halo Infinite vai contar a história mais pessoal de Master Chief até hoje.

Notícias sobre Metroid Prime 4, Bayonetta 3…

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

… ou a sequência de The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Cadê, Nintendo? Dá um sinal pra nóis!

Tô empolgado pra saber mais de Metroid Prime 4, especialmente. A trilogia do GameCube e Wii foi uma obra-prima moderna que adaptou Metroid para o 3D com elegância e ainda desenvolveu suas próprias convenções.

Outro jogo que carece notícias é Elden Ring, o próximo ‘Souls’ da From Software, com história escrita por ninguém menos que George R. R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Elden Ring vem sendo produzido em total sigilo, com raríssimas atualizações. Dedos cruzados!

2021 ainda terá Far Cry 6, Psychonauts 2, Ratchet & Clank: Rift Apart, Ghostwire: Tokyo – do criador Shinji Mikami – e mais. Onde é que a gente arruma tempo (e grana) pra tanta coisa boa?

E você, tá no hype pra quais jogos?

Até mais!

Top 9 Jogos Produzidos por Hideo Kojima

A ordem do dia é ficar à espreita! Neste Top 9, vamos comparar e analisar brevemente alguns jogos produzidos pelo maior rockstar da indústria: Hideo Kojima.

‘Criador de jogos autorais’ não seria uma forma exagerada de descrever o estilão de Kojima. Seus games costumam ser extremamente detalhados dentro do tema proposto, com uma pitada de humor, referências a filmes e valor de rejogabilidade alto.

Games do Hideo Kojima

Kojima é mais conhecido por ser o grande idealizador da série Metal Gear Solid, que naturalmente conta com a maioria das inclusões aqui na lista. Ainda assim, o cara encontrou oportunidade e inspiração para ramificar suas habilidades criativas. Começando com….

9. P.T. (Playable Teaser)

P.T. (Playable Teaser)

Muito comentado por seu potencial não-realizado e pelos turbulentos bastidores que o cancelaram, P.T. se tornou meio que uma lenda recente dos games. P.T. foi lançado como um teaser para uma sequência de Silent Hill que nunca aconteceu, em uma colaboração entre Kojima, o premiado diretor de cinema Guillermo Del Toro (vencedor do Oscar por A Forma da Água) e o ator Norman Reedus, que seguiu sua parceria com Kojima em Death Stranding.

P.T. é uma experiência aterrorizante e inesquecível, apesar do gameplay quase inexistente. O protagonista caminha pelos corredores de uma casa assombrada por… alguma coisa. Portas se abrem sozinhas, figuras aparecem de relance, e não há sequer um momento de alívio durante o passeio. Obrigado, mas não, obrigado.

Infelizmente, P.T. não está mais disponível para download, tendo até causado um aumento de preço e procura por PS4 usados que ainda possuem o teaser em seu HD.

Qual é, Konami? Deixa a gente jogar esse troço! Ou talvez não jogar, deixar bem guardado no fundo do armário cercado de água benta, enfim, deveria ser escolha nossa.

8. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

The Phantom Pain troca o ritmo mais direcionado dos jogos anteriores por um sandbox ao estilo GTA, e a voz do protagonista por um astro de Hollywood: Kiefer Sutherland, o Jack Bauer da série 24 Horas.

Apesar das mudanças, o gameplay é excelente. Invadir bases e acampamentos inimigos nunca foi tão divertido como em MGSV. O controle é excepcional, os mapas são abertos e quase todos podem ser improvisados.

The Phantom Pain traz de volta a Mother Base, parte essencial de Peace Walker que envolve extrair e administrar soldados. Ao contrário do jogo para PSP, a base aqui é menos chatinha pra gerenciar. Itens podem ser fabricados durante as missões, e não há necessidade de distribuir o pessoal manualmente o tempo todo.

Ainda assim, maximizar o poder da Mother Base requer horas e horas de dedicação, um processo conhecido no universo dos games como grinding.

A relação entre Konami e Kojima já andava bastante desgastada, o que acabou afetando o desenvolvimento do jogo em vários aspectos. A história não foi finalizada como o designer queria, e o prólogo Ground Zeroes, que seria apenas uma das missões em Phantom Pain, foi arrancado da aventura principal e vendido separadamente.

Em termos gerais, no entanto, The Phantom Pain é ótimo. E Ground Zeroes vale a pena também, mesmo sendo beeem curto.

7. Zone of the Enders: The 2nd Runner

Zone of the Enders: The 2nd Runner

“Como um dos meus animes”, já dizia Otacon no Metal Gear Solid original. Zone of the Enders é um jogo de ação e luta que possui uma estética interessante, com robôs voando e perseguindo uns aos outros pelo céu.

O combate é acelerado, alternando tiro e golpes com espada, e a câmera faz acrobacias constantes para acompanhar os movimentos dos mechs.

Depois de um primeiro jogo meio desengonçado, a sequência finalmente atingiu o ponto certo da ação, equilibrando o ritmo da porradaria, aumentando o desafio e a variedade de objetivos, melhorando o controle e trazendo novidades bem-vindas como cenas anime desenhadas à mão.

6. Metal Gear Rising: Revengeance

Metal Gear Rising: Revengeance

Curtiu Raiden como um ciborgue ninja em Metal Gear Solid 4? Este jogo é pra você.

Desenvolvido pela Platinum Games, mestres do Stylish Action, Metal Gear Rising adota um conceito de ação completamente diferente do que se viu na série até então, mas nem por isso menos gratificante.

A única falha no Kojimismo de Rising é não ser tão rico em detalhes e easter eggs quanto os Metal Gear Solid principais. Mas o foco aqui é mergulhar e se aprofundar no combate.

5. Death Stranding

Death Stranding

‘Um simulador de andança’ foi a impressão comum na época do lançamento de Death Stranding, a mais recente e divisiva criação de Hideo Kojima.

Particularmente, eu tive uma experiência mais envolvente que aquela dos memes. Death Stranding é um jogo sobre encurtar distâncias – tanto físicas quanto emocionais – e essa ideia é bem desenvolvida através dos personagens e do design.

O mapa em Death Stranding foi criado para chegar o mais próximo possível de uma sensação de realidade: um pequeno morro, um riacho, o relevo das superfícies em geral exigem que qualquer distância seja percorrida com calma e sabedoria.

Para isso, o jogo disponibiliza uma variedade de ferramentas e veículos como escadas, cordas, caminhões e até tirolesas, e o jogador fica encarregado de planejar o seu caminho e atravessar cada obstáculo com segurança.

O game também incentiva a comunidade online a juntar seus esforços para financiar a construção de pontes e deixar itens pelo caminho que podem ser utilizados por outros jogadores. Ao contrário da maioria dos títulos de PS4, Death Stranding não exige assinatura de PlayStation Plus para jogar online.

Death Stranding ainda conta com uma trilha sonora belíssima, e o design do mundo imaginado por Kojima é de tirar o fôlego. O elenco também é todo estrelado: além de Norman Reedus, que mencionamos já, Léa Seydoux, Mads Mikkelsen e Margaret Qualley emprestam imagem e voz aos personagens desta épica jornada.

4. Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots

Pecando apenas pela quantidade excessiva de cutscenes – uma delas com uma hora de duração! –, Guns of the Patriots faz de tudo e mais um pouco para agradar aos fãs incondicionais de Snake e cia.

Quase todas as pontas da complexa trama são amarradas, e o jogo tem tantas referências e homenagens à série que não seria possível fazer nem um Top 90 delas.

Sente-se, relaxe e aproveite a aventura final de Solid Snake… talvez até com um balde de pipoca e refri na mão!

3. Metal Gear Solid

Metal Gear Solid

Qualquer um dos três primeiros colocados aqui tem cacife pra ser o campeão.

O gameplay no Metal Gear Solid original pode não ser tão avançado quanto em outros jogos da lista, e os gráficos da era PS1 não são dos mais aprazíveis hoje em dia. Mas o game fez história com uma reinvenção eficaz do stealth, usos criativos da mídia (“O código está atrás da caixa do CD!”), cenários de ação empolgantes e atuações de voz impecáveis.

É, para todos os efeitos, um dos grandes clássicos dos games.

2. Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty

Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty

Metal Gear Solid 2 representa talvez a maior evolução entre dois jogos em toda a franquia.

Tanto a mecânica de stealth como a de tiro foram nitidamente aprimoradas, com mira em primeira pessoa, a possibilidade de carregar e esconder corpos, armas tranquilizantes, entre outros.

A trama do jogo é um tanto controversa – sem spoilers! –, mas acredito que Kojima merece um voto de confiança nesse caso, pois a história não funcionaria tão bem de outra forma.

1. Metal Gear Solid 3: Snake Eater

Metal Gear Solid 3: Snake Eater

O terceiro jogo da série conta, na verdade, uma história anterior ao primeiro. A atenção aos detalhes é impressionante: da selva soviética à tecnologia da década de 1960, além da Guerra Fria como pano de fundo, todos os aspectos de Metal Gear Solid 3 foram cuidadosamente encaixados na realidade da época.

Metal Gear Solid 3 abraça a ideia da luta pela sobrevivência como peça-chave no gameplay: Snake precisa caçar, tratar suas próprias feridas e se camuflar para manter sua presença oculta. ‘Snake Eater’ não poderia ser um título mais apropriado.

É importante ressaltar que a versão Subsistence (também lançada em HD) é a definitiva de Metal Gear Solid 3, incluindo principalmente a opção de controle livre da câmera.

É isso! Vamos torcer para que Hideo Kojima continue criando suas obras inspiradas e, quem sabe, pra Konami devolver o P.T. pra galera, né? Enquanto isso não acontece, sugiro pros fãs de PS4 que tentem preencher esse vazio assustador com Resident Evil 2 Remake, que ficou excelente.
“!”
Até mais!